PILOTO AUTOMÁTICO ?! NÃO, OBRIGADO !!!
FASE DE APURAMENTO (EURO 2012) - 1ª JORNADA (GRUPO H)
PORTUGAL - CHIPRE
Foi uma sexta-feira cinzenta para o futebol português. Os sub-21 perderam em Barcelos com a selecção inglesa e disseram adeus ao europeu da categoria, que se realiza já no próximo ano, em solo dinamarquês. Um golo do talentoso jogador do Chelsea, Danny Sturridge, ainda na primeira parte (32 minutos), acabou com as aspirações do conjunto orientado por Oceano. Era um mau prenúncio para o jogo seguinte da selecção A. Substição ou não, o facto é que a selecção principal, sem o lesionado Cristiano Ronaldo, não foi além de um empate a quatro (hilarinate), com a " modesta " selecção do Chipre (que tinha marcado apenas dois golos em todos os confrontos anteriores, ontem marcou o dobro, num só jogo). Ainda consigo ficar surpreendido, cada vez que me recordo do resultado final. Há " trinta " anos que a selecção das quinas não sofria quatro golos num só jogo (oficial). A última selecção a conseguir tal proeza foi a Escócia. Hugo Almeida, Raul Meireles, Danny e Manuel Fernandes fizeram os golos.
Foi um daqueles jogos impróprios para cardíacos. Portugal entrou practicamente a perder e, só por duas vezes (3-2 e 4-3) conseguiu estar em vantagem no marcador. No entanto, terminou o jogo da mesma forma que o tinha iniciado : a sofrer um golo. Culpas ?! Há que ser realista, todos são culpados, mas a defesa meteu água, como se costuma dizer. Sofrer quatro golos em casa, de uma selecção como o Chipre é impensável, completamente irreal. Não pode acontecer. Se Portugal não tivesse realizado uma exibição " horrível " a nível defensivo, teria ganho com enorme tranquilidade, como aconteceu com a maioria das grandes selecções. Defensivamente a nossa selecção, ontem, foi muito " macia ". Foi um jogo de parada e resposta, em que a resposta deles foi sempre muito consentida.
Portugal andou quase sempre a correr atrás do prejuízo. E, na segunda vez que se colocou em vantagem, permitiu o empate (escandaloso), com que viria a terminar o encontro. O piloto automático não inspirou grande confiança. No aproveitar é que está o ganho, como diz o velho ditado popular. Foi a partir deste provérbio, que os cipriotas se inspiraram para surpreender : primeiro Portugal, depois a Europa do futebol. E conquistar um pontinho, que nem eles próprios acreditariam que fosse possível. O Chipre foi uma equipa tremendamente eficaz, das poucas vezes que chegou à baliza de Eduardo foi mortífera. Não facilitou. Ao contrário de Portugal, que podia ter matado o jogo, quando ainda vencia por 3-2. Ocasiões para tal não faltaram. A destacar o belo golo de Manuel Fernandes. Ainda sobre ele (jogador), acho um tremendo desperdício ficar a maioria dos jogos no banco ou na bancada. Ou muito me engano, ou esta temporada vai ser idêntica à anterior (em Valência tem o destino traçado). Nunca consegui esconder a admiração que tenho pelo Manuel Fernandes.
Tacticamente, tenho alguma dificuldade em aceitar que se jogue com dois médios à frente da defesa, diante de equipas bem mais fracas. Pelo menos nos jogos em casa. Só demonstra que o nosso seleccionador continua a ser pouco ambicioso. Raramente arrisca. É por causa deste tipo de decisões, que eu nunca fui um grande admirador do professor Carlos Queiroz. Este resultado espelha bem, o momento caótico que a Federação vive. E é ao mesmo tempo, uma espécie de aviso : resolvam os problemas, que todo esse caso, começa a ser insustentável. Estabilidade precisa-se. Agora é levantar a cabeça e ir vencer à Noruega (terça-feira). Os noruegueses entraram com o pé direito. Foram ganhar à Islândia pela margem mínima (2-1). Portanto, deveremos apanhar pela frente uma selecção motivada. Entrar de forma concentrada será imperial.
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