Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

CAN 2010 - Um olhar sobre a prova

A CAN 2010 que se realizou no passado mês de Janeiro em Angola, e que mais uma vez terminou com vitória do Egipto (a terceira consecutiva), a sétima no seu palmarés. Não impressionou os adeptos que lhe quiseram seguir, no entanto, também não se pode dizer que tenha desiludido os amantes do desporto rei.

 

O futebol apresentado pelas selecções africanas sempre foi interessante de seguir. Porém, espera-se sempre mais de uma competição que reúne algumas das melhores equipas nacionais daquele continente. Infelizmente, a competição que os angolanos organizaram, também foi noticia um pouco por todo o mundo, por outros motivos, que nada têm a ver com futebol. 

 

A prova ficou manchada ainda antes do seu início, devido ao ataque terrorista de que a selecção do Togo foi sujeita na província de Cabinda. Na véspera do início da competição, o autocarro que transportava a selecção de Adebayor e companhia, foi alvo de um ataque de metralhadoras, pouco tempo depois de ter passado a fronteira entre o Congo e a Angola. O Togo como seria de esperar não participou no torneio, abandonando de imediato o país.

 

A CAN 2010 não podia ter arrancado de melhor forma. O jogo de abertura que colocou frente a frente a anfitriã Angola e o Mali, foi provavelmente o melhor encontro que o torneio pode oferecer a quem se deslocou ao estádio, ou a todos aqueles que o acompanharam pela TV. Foi uma jogo atípico, invulgar, frenético. Rendeu oito golos. Os angolano estiveram a vencer por expressivos 4-0, mas, inesperadamente, permitiram o empate. Manuel José e os seus " Palancas Negras " viriam mesmo a passar a fase de grupos. No segundo jogo bateram o Malawi. Um empate no último jogo da fase de grupos diante da Argélia, chegou para tal.

 

A grande surpresa da primeira fase da prova pela negativa, foi a prestação da Tunísia. Inserida no grupo D, os tunisinos terminaram o grupo na última posição. Este mostrou mesmo ser o grupo mais equilibrado.  Três das quatro equipas somaram quatro pontos. A Tunísia ficou-se pelos três, consequência de outros tantos empates. Num grupo que reunia Camarões e Tunísia, convém dizer que a sensação foi a Zâmbia.

 

A segunda fase (quartos-de-final) terminou com sonho dos angolanos. A selecção da casa caia aos pés de uma das favoritas : o Gana. Num jogo dividido, a Angola só se pôde queixar de si própria. Principalmente pelas ocasiões de golos que foi desperdiçando. O Gana numa das poucas oportunidades que teve foi letal e seguiu em frente (1-0). 

 

Surpresa ou não (?) o que é certo é que a Costa do Marfim, outras das grandes favoritas, também se ficou pelos quartos de final. Num jogo que teve cinco golos e direito a prolongamento. A Argélia esteve duas vezes em desvantagem, mas conseguiu sempre a recuperação e, no final foi quem seguiu em frente.

 

O Encontro dos quartos-de-final, foi certamente um mais complicado do Egipto na prova. O detentor do troféu precisou de mais de 90 minutos para eliminar os Camarões e Eto´o. Os primeiros 90 minutos terminaram com uma igualdade a uma bola. No prolongamento os egípcios foram bem mais destemidos e seguiram em frente.

 

Zâmbia e Nigéria protagonizaram o único encontro da prova em foi preciso recorrer aos pontapés da marca dos onze metros para decidir o vencedor. Depois de 120 minutos sem que se tivesse marcado qualquer golo, os nigerianos foram mais felizes e venceram por 5-4. A Zâmbia mostrava mais uma vez que tinha qualidade.

 

Nas meias finais e, apesar de ter defrontado a Nigéria, o Gana mostrou todo o seu favoritismo e venceu pela margem mínima (1-0), alcançando a grande final. O outro desafio que opôs o Egipto aos argelinos, terminou com o triunfo surpreendente do Egipto por 4-0. Foi uma espécie de vingança pelo que se passou no jogo decisivo de apuramento para o Campeonato do Mundo da África do Sul.

 

O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar, ditou o triunfo da Nigéria por 1-0, sobre a Argélia. A grande final também não teve mais que um golo. A cinco minutos dos 90, Gedo (arma secreta) colocou um ponto final no resultado final. O Egipto era tri-campeão africano com toda justiça. Sem grandes estrelas, é uma equipa que joga um futebol atractivo. É um conjunto equilibrado. E com alguma maturidade em termos tácticos. Foi um vencedor justo !!!

 

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publicado por andre--- às 19:33
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