Sexta-feira, 19 de Março de 2010

Sortes diferentes !!!

Benfica e Sporting tiveram infelizmente, sortes diferentes nos jogos decisivos de ontem da Liga Europa. Os encarnados foram vencer o Marselha no Vélodrome por 2-1, e garantiram o apuramento para os quartos-de-final da competição, depois de um empate a um golo na primeira mão realizada na Luz. Enquanto que o Sporting não conseguiu melhor que um empate a dois golos frente ao Atlético de Madrid em Alvalade. Resultado favorável aos espanhóis, graças ao maior número de golos marcados fora de portas. Em Madrid tinha-se registado um nulo entre as duas formações.

 

BENFICA - MARSELHA

 

O Benfica se quisesse seguir em frente ou pelo menos forçar o prolongamento, tinha necessariamente de marcar no Vélodrome. A vantagem estava no lado do conjunto francês que tinha arrancando um empate no Estádio da Luz já nos minutos finais. Se na primeira mão, o confronto entre os técnicos foi ganho pelo gaulês Didier Deschamps, que veio a Lisboa com a lição bem estudada e conseguiu neutralizar o jogo encarnado, ontem os papéis inverteram-se e foi Jorge Jesus quem levou a melhor. O treinador português chegou mesmo a afirmar antes do encontro que a sua equipa ia marcar em França e iria ultrapassar a eliminatória (e assim foi) !!!

 

Se até ao minuto 69 as coisas já estavam complicadas, um minuto depois complicaram-se ainda mais. Niang, um dos jogadores mais perigosos (melhor marcador da Liga Francesa) deste Marselha, colocou a equipa da casa em vantagem num lance em que a defensiva encarnada foi bastante passiva. Júlio César não ficou isento de culpas. O Benfica via-se em desvantagem no marcador de forma injusta, mas não tardou a responder. Cinco minutos depois, Maxi Pereira (que já tinha marcado na Luz) restabeleceu a igualdade no marcador e empatou a eliminatória. Fazia-se justiça. Remate do meio da rua do lateral uruguaio que ainda desviou num defesa adversário e acabou por trair o guarda-redes internacional francês Mandanda.

 

Jorge Jesus acreditou que era possível chegar à vantagem no tempo regulamentar e fez entrar o brasileiro Alan Kardec aos 86 minutos por troca com Carlos Martins, que tinha iniciado o encontro como titular. Relegando o argentino Pablo Aimar para o banco de Suplentes. A substituição surtiu efeito e cinco minutos depois Kardec estreava-se a marcar pelo Benfica e logo num jogo europeu. Golo (número 100) decisivo do canarinho. Repunha justiça no marcador. O Benfica passava para a frente do marcador e da eliminatória. O Marselha estava completamente vergado. Pouco ou nada podia fazer para reverter a situação. O Benfica seguia em frente com todo o mérito. Claramente superior no jogo decisivo.

 

Na primeira parte o jogo até foi dividido, equilibrado, bem renhido. As equipas pareciam estar encaixadas uma na outra. Apesar da melhor ocasião de golo ter pertencido à formação de Jorge Jesus. Uma bomba de Cardozo esbarrou no poste da baliza de Mandanda. Na segunda parte veio ao de cima o crer, a vontade, o poderio encarnado. O Benfica desperdiçou várias e flagrantes ocasiões de golo. Podia e devia ter construído um resultado histórico.

 

O Marselha parecia uma equipa apática, completamente dominada. Em muitos períodos da segunda metade, os franceses raramente conseguiram sair a jogar. Numa das poucas vezes que chegaram à baliza de Júlio César marcaram um golo. O Benfica foi dono e senhor dos segundos 45 minutos. Arrancou para uma exibição de encher o olho. De grande nível. Mostrou todo o seu potencial e deu uma autêntica lição de futebol ao conjunto francês. A segunda parte do encontro de ontem, foi na minha opinião, a melhor da temporada da equipa de Jorge Jesus.

 

Uma palavra para a arbitragem que foi muito, mas muito caseira. Pelo menos um dos lances que ocorreu na grande área do Marselha é grande penalidade. O lance em que Ramires é autenticamente abalroado por Taiwo nem merece discussão. Falta claríssima do lateral esquerdo nigeriano. O segundo lance já é bem mais discutível. Quem também merece um sinal mais é Jorge Jesus. Acertou em cheio nas substituições e ainda arriscou na altura certa. Aimar que entrou no segundo tempo bateu o livre que deu origem ao golo de Kardec. Vinte anos depois, o Marselha voltou a cair aos pés do Benfica.

 

 

SPORTING - ATLÉTICO DE MADRID

 

Os maus prenúncios que anteciparam o desafio entre as duas equipas, pareciam antever que as coisas não iam correr da melhor maneira para a equipa portuguesa. Várias horas antes do início do desafio, registaram-se os primeiros confrontos entre adeptos espanhóis e portugueses nas imediações do Alvalade 21. A PSP foi obrigada a intervir. Os maus prenúncios não se ficaram só pelos desacatos entre os adeptos das duas equipas. Uma hora antes do pontapé de saída, altura em que os meios de comunicação tomam conhecimento dos onzes de uma e outra equipa, ficou-se a saber que o médio russo Izmailov não fazia parte do onze inicial. E nem sequer tinha sido convocado. Situação que desencadeou uma série de rumores.

 

Como se tudo isto já não bastasse, o Sporting ainda entrou mal no desafio. Entrou praticamente a perder. Simão está no lance do golo marcado pelo argentino Aguero (carrasco do Sporting). Mas quem faz o cruzamento é Alvaro Dominguez. O sector defensivo leonino foi permissivo q.b. e permitiu que a estrela argentina marcasse em Alvalade, complicando ainda mais os problemas do Sporting. Sem Grimi, Carriço e Tonel. Carvalhal viu-se obrigado a apostar em Caneira para a zona central e Pedro Silva para o lado esquerdo. Com um ataque forte pela frente, a defesa leonina tinha de ser mais astuta e ter dado menos espaço. A falta de ritmo de jogadores como Pedro Silva e Caneira também contribuíram para que o Atlético de Madrid tivesse feito moça em Lisboa.

 

O Sporting não acusou o golo do empate. E partiu em busca do tento que lhe permitisse igualar o encontro e continuar vivo na eliminatória. Golo esse, que acabou por chegar aos 19 minutos por intermédio do inevitável e incansável Liedson. Belo trabalho de Carlos Saleiro no lado esquerdo. Que com um cruzamento milimétrico assistiu o luso-brasileiro. E este só teve de fazer o que tão bem sabe fazer : golos. O cabeceamento certeiro do número 31 igualava o encontro e dava esperança aos milhares de sportinguistas que encheram Alvalade (a maior enchente da temporada).

 

Três minutos depois da meia hora de jogo, Aguero voltou a fazer estragos na remendada defesa dos leões. Trabalho sublime do internacional argentino. Que recebeu o esférico dentro da área do Sporting, livrou-se de Caneira, e só com Rui Patrício pela frente rematou para o fundo das redes de trivela. O Sporting não baixou os braços e acreditou sempre que podia chegar novamento ao empate e assim foi. Em cima dos intervalo, um livre apontado por Miguel Veloso, acabou por ser desviado por Anderson Polga. O Sporting igualava o resultado mais uma vez. As equipas recolhiam às cabines com a eliminatória em aberto, apesar do Atlético estar em vantagem.

 

Na segunda parte os pupilos de Carlos Carvalhal foram em busca do golo que lhes colocasse na frente do marcador e da eliminatória. E tiveram oportunidades claras. Mas foram perdulários. Liedson teve o terceiro golo nos pés logo na reabertura do segundo tempo, mas De Gea efectuou a defesa da noite. Pereirinha também não foi capaz de bater o gigante espanhol.

 

O Atlético passou a adoptar um estratégia mais contida. Recuou para defender a vantagem e passou apenas a jogar de contra-ataque. Aguero sozinho na frente tentava criar desequilíbrios, porém foi quase sempre inofensivo no segundo tempo. Foi Reyes quem teve mais perto de marcar. Remate forte de fora da área a passar ao lado do alvo. Simão (sempre assobiado pelos adeptos da casa), tal como na primeira mão, voltou a ser muito discreto e passou ao lado do jogo. Acabando por ser substituído.

 

O Sporting tentava o terceiro golo. Tinha mais posse de bola, mais iniciativa, mas muitas dificuldades para romper a estrutura defensiva espanhola, que se foi intensificando cada vez mais com o decorrer do jogo. Izmailov fez demasiada falta. Vuckcevic apareceu em bom plano, mas foi insuficiente. Este jogo serviu ainda para mostrar que Carvalhal não conta com Postiga. A precisar de marcar, um atacante seria sempre uma aposta a ter em conta. O Atlético passa a eliminatória sem se ter ter superiorizado ao Sporting. Aguero e De Gea fizeram a diferença. O primeiro apontou dois golos que foram fulcrais no apuramento da formação espanhola, e o segundo também foi decisivo com aquela defesa a remate de Liedson. O Sporting foi eliminado mas saiu de cabeça levantada. Mostrou que estava à altura do seu opositor.

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publicado por andre--- às 17:31
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