BAYERN DE MUNIQUE E INTER SÃO OS FINALISTAS DE MADRID
Sangue, suor, sofrimento, espírito de entre ajuda e organização defensiva. Adjectivos preponderantes para que o Inter de José Mourinho (vai marcar presença numa final europeia pela terceira vez) tivesse levado de vencida a eliminatória frente ao super Barça em pleno Camp Nou. A vitória de ontem do " Pep Team " por 1-0 (golo de Piqué), no derradeiro e decisivo jogo da segunda mão das meias-finais, não chegou e terminou com o sonho " Culé ". Direito a sonhar, têm agora os alemães do Bayern de Munique, que voltam a atingir a final da prova (ao eliminarem o Lyon), nove anos depois de terem conquistado o troféu (pela última vez) diante dos espanhóis do Valência.
E, claro, o Inter, que já não sabe o que é ser campeão europeu desde de 65. Um destes dois treinadores : Van Gaal ou Mourinho, vai igualar os feitos de Ottmar Hitzfeld e Ernst Happel, os únicos dois técnicos a sagrarem-se campeões europeus ao serviço de duas equipas diferentes. O Alemão Ottmar Hitzfeld conseguiu a proeza ao serviço do Dortmund e do Bayern de Munique. Ernst Happel, técnico austríaco, conquistou a Taça dos Campeões europeus ao serviço do Feyenoord e do Hamburgo. Van Gaal venceu a competição pelo Ajax (95). Enquanto que Mourinho conquistou a prova no comando do Porto (04). A final da Liga Milionária disputa-se no Santiago Bernabéu em Madrid, no dia 25 do próximo mês.
LYON - BAYERN DE MUNIQUE
Em França, a tarefa da formação da casa, até nem era das mais complicadas. O Lyon precisava de marcar apenas um golo para igualar a eliminatória (visto que tinha perdido por 1-0 em Munique). O clube que procurava a sua primeira final da prova, não teve andamento para a superioridade germânica. Assim que se iniciou o confronto entre as duas formações, deu para ir percebendo que o Lyon não tinha argumentos suficientes para ombrear com os " Bávaros ". A formação de Claude Puel, foi completamente maniatada do primeiro ao último minuto. Não conseguiu ser a mesma equipa que fez frente ao Real Madrid nos oitavos-de-final da competição.
Foi uma equipa frágil em termos defensivos e a nível ofensivo raramente conseguiu incomodar o sector mais recuado do clube da " Baviera ". Ironicamente, o Bayern de Van Gaal, acabou mesmo por ter mais dificuldades para vencer o jogo da primeira mão, quando actuou em casa. Em França, os Alemães que até nem contaram com Ribery (expulso na primeira mão), limitaram-se a controlar as operações e contaram com a inspiração do croata Olic que apontou um hat-trick. Três golos sem resposta dos visitantes, gelaram o Stade de Gerland. Ribery, estrela francesa (envolto em polémica na última semana), foi punido com três jogos de suspensão e deverá (o clube vai recorrer) falhar a final.
BARCELONA - INTER
O jogo decisivo entre as duas equipas, gerou muita curiosidade e enorme expectativa. O triunfo do Inter no jogo da primeira mão por 3-1, tinha deixado os italianos a 90 minutos da final da competição. O grande desejo do patrão do clube, Massimo Moratti. Mourinho sabia que a única forma de parar este Barça em Camp Nou, completamente esgotado (um autêntico inferno) era baixar e aproximar os dois sectores (defesa/meio campo). Colocando quase que uma muralha em frente à sua baliza. Isto, quando a equipa de Guardiola tinha a posse de bola. Quando o Inter tinha bola, o objectivo passava por apostar nas transições rápidas (dois três toques), jogo directo (como aconteceu na primeira parte em Itália) ou então, tentar explorar a velocidade de Milito e sobretudo de Eto´o. Sem desposicionar muito a equipa. Mantendo sempre a organização defensiva da mesma.
Porém, a expulsão de Thiago Motta à passagem dos primeiros 28 minutos de jogo, condicionou um pouco a estratégia ofensiva da equipa, e obrigou o Inter a defender ainda mais (passou a jogar com 10 unidades). Eto´o e Milito acabaram (até serem substituídos) o jogo como laterais. O jogo desenrolou-se quase sempre nos últimos 20/30 metros do meio campo dos italianos. Notável, foi o jogo de paciência do Barça. Mas, mais notável ainda, foi o rigor táctico dos nerazzurri. Pouquíssimas vezes, o Barcelona conseguiu penetrar a organização do conjunto de Mourinho. Não menos notável, foi a magnífica defesa de Júlio César a remate de Messi, ainda na primeira parte (evitou o golo com a ponta dos dedos). Olhando para o resultado final (1-0 para a equipa da casa), pode-se dizer que aquela defesa foi decisiva no desfecho da eliminatória. O Inter e Mourinho chegam à final de forma merecida. A fórmula encontrada para travar este Barça não foi a mais espectacular, mas foi certamente a mais eficaz. Este pode muito bem ser o ano do Inter. Além da Champions, também pode renovar o título de campeão italiano e conquistar a Taça de Itália.
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