TRIPLA PARA O INTERNAZIONALE - MOU NA HISTÓRIA DA CHAMPIONS
MILITO FOI A CHAVE DO SUCESSO - INTER REI 45 ANOS DEPOIS
Um bis (um golo em cada parte) do argentino Milito, diante do Bayern de Munique, acabou com o jejum do Inter, na prova. O " discípulo " (Mourinho), bateu o " mestre " (Van Gaal). Santiago Bernabéu (o próximo destino de Mourinho), casa do Real Madrid, (o clube com maior sucesso na prova) esgotado, acolheu a final da Champions League 09/10. Uma final que não deixou de ser inesperada. Os grandes favoritos eram o Barcelona (vencedor em 2009), o Manchester United (finalista em 2008 e 2009, e o Chelsea (finalista em 2008). Poucos acreditariam que Bayern de Munique ou Inter de Milão fossem capazes de conquistar a competição este ano. Curioso, foi o facto de Robben (Bayern) e Snjeider (Inter), terem regressado ao Bernabéu para disputarem a final, depois de terem sido dispensados pelo Real.
O que é certo, é que alemães e italianos foram crescendo ao longo da temporada, e chegaram à final com uma oportunidade única : a de vencer tudo na mesma época. Foram poucas até hoje, muito poucas, as equipas que o conseguiram. O Inter, passou a fazer parte desse pequeno lote de equipas. Enquanto que José Mourinho, igualou as proezas de Ernst Happel e Ottmar Hitzfeld : vencer a Champions por duas equipas diferentes. O técnico português já traçou a próxima meta : ser o primeiro treinador a triunfar na mais importante competição de clubes por três equipas diferentes.
Mourinho foi o grande estratega, que teve em Diego Milito, a chave do sucesso. O atacante argentino (que vai pisar os palcos de África do Sul), foi emergindo durante a temporada, e foi determinante na caminhada triunfal dos " Nerazzurri ", em 09/10. Um dos principais protagonistas da equipa que venceu tudo o que havia para vencer. A " saga " Milito começou a cinco de Maio, com o golo que valeu o triunfo por 1-0, na final da Taça de Itália, em Roma perante a equipa local. Prosseguiu no dia dezasseis do mesmo mês, com mais um golo solitário, que garantiu o " Scudetto " ao Inter (o segundo de Mou, o quinto consecutivo da equipa), no terreno do Siena. E, terminou ontem, em Madrid, com um bis, que consagrou (campeão europeu pela terceira vez) o Inter mais de quarenta anos depois.
A estratégia de Mourinho na final de Madrid, não foi muito diferente daquela que delineou em eliminatórias cruciais : oitavos-de-final (Chelsea) e meias-finais (Barcelona). Uma equipa quase perfeita em termos tácticos e defensivos. Uma equipa que, estrategicamente, deu sempre a iniciativa de jogo ao adversário, para depois apanhá-la em contrapé e desferir golpes certeiros em contra-ataque nos momentos chave do jogo (como ontem). Das equipas que venceram a prova na última década, o Inter foi provavelmente a menos espectacular. Ao longo da sua caminhada, foi sempre uma equipa matreira, prática, fria, calculista, cínica e pragmática.
A imagem de marca deste Inter, acaba por ser simples e objectiva. Jogo directo (passe longo, ou dois três toques até chegar a uma zona de finalização), cultura táctica (Mourinho é mestre), espírito de equipa e entre ajuda, colectivo, enorme capacidade defensiva e eficácia na hora de finalizar. Este é o retrato da equipa na prova, ontem não foi excepção. O Bayern entrou melhor, teve posse de bola (muito mais), conseguiu mantê-la, atacou, criou ocasiões mas não marcou. Contra a corrente do jogo, apareceu Milito (herói para uns vilão para outros). Passe milimétrico do holandês Snjeider, para a conclusão do homem do jogo : Milito.
Um pontapé de Júlio César aparentemente inofensivo, transformou-se em golo. Milito ganhou (de cabeça) nas alturas, a bola ficou na posse do holandês, que de imediato combinou com atacante sul americano. E este só com Butt pela frente foi letal. Ainda na primeira parte, em cima do intervalo, Snjeider teve nos pés o segundo golo. Deste vez foi Milito a servir o médio criativo, mas este permitiu a defesa de Butt. No segundo tempo, repetiu-se a história. Bayern a entrar melhor, ocasião flagrante para Muller, desperdiçar no confronto com o canarinho Júlio César. A formação germânica continuava por cima, mas o Inter ameaçava novo contra golpe.
Aos setenta minutos, Milito, com uma jogada individual " extraordinária ", inventou o segundo golo. Lançado em profundidade por Eto´o, com Van Buyten pela frente, puxou para fora, partiu os rins ao defesa central belga e, com um remate colocado (ao segundo poste), bateu Butt pela segunda vez. " Perfetto ". A vinte minutos do fim, a história só podia terminar de uma maneira : Inter Campeão Europeu !!! Era a peça que faltava para completar a " Tripla ". Taça, Campeonato e Champions. Um temporada perfeita para os " nerazzurri. Para Mourinho o trabalho estava feito em Itália, soava a despedida. Depois de vencer tudo em Portugal (incluindo uma Taça Uefa e uma Champions), tudo em Inglaterra (faltou a Champions) e tudo em Itália, Madrid, é a próxima paragem.
Seis anos depois, a história repete-se : Mourinho volta a sair pela porta grande. Uma palavra para Robben, que practicamente, carregou a equipa Bávara às costas. O Inter apesar de não praticar um futebol vistoso, tinha tudo para vencer a competição. Um dos melhores técnicos da actualidade, e um plantel completo. O Inter é fortíssimo como equipa, mas também é poderoso a nível de individualidades. Desde Júlio César, Maicon, Zanetti, Lúcio e Samuel, passando por Cambiasso, Motta e Snjeider, terminado em Pandev, Eto´o e Milito. O Bayern também podia ter feito a tripla, e igualado o número de conquistas (Liga dos Campeões) de equipas como : o Milan e o Liverpool (ambas com cinco troféus conquistados). Van Gaal, tal como Mourinho, tinha a hipótese de igualar os feitos de Ernst Happel e Otmar Hittzfeld. Uma certeza : 09/10, foi a temporada do Inter, e voltou a ser a época do " Il Special ".
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