BRASIL - HOLANDA
Jogo grande. Jogo com alguma tradição. Os confrontos entre brasileiros e holandeses ficam quase sempre marcados pelo bom futebol, pelo futebol espectáculo. A forma ofensiva como ambas as selecções jogam, proporciona sempre bons duelos. Achei um bom jogo, mas gostei mais dos anteriores. O de 94, em que o Brasil venceu por 3-2 (quartos-de-final), e o de 98 (meias-finais), em que a canarinha também venceu, só que no desempate por penalties.
Não foi um grande jogo, ao contrário do que muitos dizem. Foi um jogo interessante. Os tempos modernos, obrigam as equipas a terem cada vez mais cuidados a nível defensivo e, táctico. Quando Robinho abriu o marcador logo aos dez minutos, poucos seriam aqueles que esperavam um desfecho como este : a laranja mecânica conseguiu igualar e dar a volta em pouco menos de 20 minutos.
Tudo isto em 45 minutos. Segundo tempo, demolidor por parte dos holandeses. A expulsão de Felipe Mello (herói na primeira parte, vilão na segunda), também favoreceu a Holanda. Sneijder bisou, e ajudou a sua equipa a chegar aos quartos. Vingando assim, as últimas duas derrotas. Depois de uma primeira parte tão bem conseguida, seria impensável ver o Brasil ser eliminado neste jogo. Duas partes completamente distintas. O Brasil despediu-se da prova nos quartos, tal como em 2006 na Alemanha. Holanda já só tem de vencer dois jogos se quiser campeã do mundo. O próximo obstáculo chama-se Uruguai.
GANA - URUGUAI
Nenhum jogo conseguiu ser tão dramático até ao momento quanto o Gana - Uruguai. Digno de uma obra cinematográfica. O Gana, a única selecção africana em prova, a única que passou a fase de grupos, igualou os desempenhos dos Camarões em 90, e do Senegal em 2002, quando estes chegaram até aos quartos-de-final de um Campeonato do Mundo. O Gana podia ter feito história. Chegar às meias-finais da competição seria um grande proeza, feito nunca alcançado por uma formação africana. Numa altura em que o Mundial é disputado em África, teria sido ouro sobre azul.
Há um lance que podia ter mudado o desfecho deste jogo. Depois de uma igualdade a um golo, o jogo avançou para o tempo extra. Na última jogada da meia hora de jogo adicional, o Gana esteve muito, muito perto de carimbar o passaporte para a eliminatória seguinte. Num lance de bola parada, Suarez, atacante do Uruguai, defendeu um remate de um jogador do Gana com as mãos em cima da linha de golo. Não podia ter feito muito mais. O guarda-redes ficou fora da joga, Suarez tentou impedir o golo e conseguiu.
Olegário Benquerença, árbitro do jogo, expulsou-o. Não tinha outra alternativa. Quem via o jogo, deve ter pensado : ele (Suárez) evitou o inevitável. Grande penalidade para ser cobrada por Gyan. Um dos jogadores em destaque neste Mundial. Já tinha cobrado duas grande penalidades. Um diante da Sérvia, e outra diante da Austrália. Se Gyan transformasse em golo, colocaria a sua selecção nas meias-finais. Gyan falhou. Levou o jogo para as grandes penalidades e aí, o Uruguai foi mais feliz (4-2). " El Loco " abreu transformou em grande estilo (à Panenka) a grande penalidade que qualificou a selecção sul americana Nem eu, nem ninguém imagina aquilo que Gyan sentiu. Está de parabéns o Gana. Grande prova. Dignificou o futebol africano. O Uruguai já não chegava às meias-finais desde 1970.
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