NOITE HISTÓRICA EM SEVILHA !!!
CHAMPIONS LEAGUE - 2ª MÃO DO PLAY-OFF
SEVILHA - BRAGA
Histórica, inesperada, surpreendente, inesquecível, memorável, frenética, exemplar, sonante ... assim foi, a noite de ontem do Braga. Foram 90 minutos de pura nosltalgia, que resultaram numa " chuva de golos". Parece um sonho, mas é bem real - o Braga está mesmo na Liga dos Campeões. " Os guerreiros do Minho " continuam a fazer história. Depois de na temporada transacta (lutarem pelo topo até à última jornada) terem sido vice-campeões portugueses, esta época voltaram a escrever mais uma página dourada na sua história, ao eliminar o " poderoso " Sevilha, no Play-off de acesso à Liga Milionária (os bracarenses vão encaixar perto de treze milhões de euros com a presença na competição) com um triunfo (4-3) " categórico " em pleno Ramón Sanchez Pizjuàn, e garantirem a sua primeira presença (histórica e inédita) na fase de grupos da mais " importante " prova de clubes do futebol do velho continente.
Lima, o atacante brasileiro que deu nas vistas com a camisola do Belenenses, e foi uma das novas apostas do clube, dificilmente esquecerá a noite (principalmente a segunda parte - período em que entrou em acção) memorável que teve ontem em Sevilha. O dianteiro canarinho foi o homem do jogo, ao apontar um " hat-trick " no derradeiro e decisivo jogo. Recorde-se que ele já tinha ameaçado no encontro da primeira mão. Perto do final desse desafio atirou à trave do espanhol Palop. Ontem atirou mesmo a contar, e por três vezes. Se Lima foi o homem do jogo, Matheus foi certamente o homem da eliminatória. A atravessar um momento de forma soberbo, Matheus marcou nos dois jogos e foi fundamental no apuramento fantástico dos minhotos.
É um percurso notável da equipa de Domingos Paciência, que já tinha eliminado o conjunto escocês do Celtic. O técnico bracarense tinha prometido golos no embate decisivo, mas não estaria quase de certeza à espera que a sua equipa fizesse quatro golos no terreno do quarto classificado espanhol da última edição da La Liga. Na minha opinião, o minuto 31 foi o minuto chave. O Braga teria de marcar, mas ao fazê-lo primeiro, deu um passo de gigante. Se tivesse sucedido o contrário, provavelmente estaria aqui a contar uma história totalmente diferente. Marcar fora de portas é sempre importante, na maioria das vezes fundamental, mas ainda mais determinante, é marcar primeiro, como aconteceu ontem. Outro dos aspectos de extrema importância, foi a forma compacta, organizada e competente com que os " arsenalistas " defenderam não só ontem, mas também no primeiro duelo.
No futebol moderno, actual, defender bem é na maioria das vezes meio caminho andado para se vencer um jogo ou uma eliminatória. Nesse capítulo, os pupilos de Domingos estiveram impecáveis. A juntar a isso, o espírito de equipa, entreajuda, sacrifício, vontade, querer, ambição e a humildade necessária para reconhecer que não era uma tarefa impossível, mas de um grau de dificuldade altíssimo. Ao conseguir tudo isto, tem que se dizer que o Braga foi uma verdadeira equipa no sentido literal da palavra. O Braga entrou em campo sabendo das dificuldades que lhe esperavam, e conseguiu suportar os primeiros minutos sufocantes da equipa da casa, que exerceu grande pressão sobre o sector defensivo minhoto, carrilando jogo de forma sistemática - um verdadeiro vendaval de futebol ofensivo.
Era em Leandro Salino e no trio da frente (Alan/Paulo César/Matheus), que Domingos Paciência depositava grandes expectativas. Em Salino, porque era este que ligava o jogo ofensivo da equipa. Sendo ele um jogador de passada larga, era ele quem iniciava quase sempre, de forma rápida e práctica, as transições ofensivas sempre que o esférico lhe chegava aos pés. E no tridente da frente, pela forma dinâmica com que se exibe. Por serem jogadores rápidos e de técnica inquestionável. Foram precisamente duas destas quatro unidades que, contra a corrente do jogo, construíram o primeiro golo, que deu início a um festim do emblema português por terras espanholas. Paulo César ganhou a bola no meio-campo, arrancou decidido, deixou para trás alguns defesas, rematou à baliza de Palop, este defendeu, mas não foi capaz de evitar a recarga oportuna e vitoriosa de Matheus.
O Braga colocava-se na frente do marcador e aumentava a vantagem na eliminatória. O Sevilha tinha agora de marcar por três vezes, e já faltavam pouco mais de quinze minutos para o intervalo. O Braga a mostrar um veneno chamado : contra-golpe. No segundo tempo, aos 58 minutos, três minutos depois de ter entrado em campo, Lima reforçou o marcador. Começava aqui uma noite inesquecível para o jogador brasileiro. Com o marcador em 2-0, começava a cheirar a surpresa. A passagem do Sevilha era agora uma " miragem ".
Aos 61 minutos respondeu a formação da casa. Fabiano que teve uma fucaz passagem pelo nosso futebol, reduziu. Foi já a seis minutos do fim, que o Sevilha igualou por intermédio de Navas. Ainda havia alguma esperança, mas o tempo disponível para dar início à reviravolta era demasiado curto, e faltavam dois golos. Na jogada seguinte, Lima bisou e desfez o sonho do emblema espanhol. O jogo começava a ganhar contornos frenéticos. Lima decidiu entrar mais uma vez em cena, ao fazer o quarto golo de cabeça, na sequência de um canto. Logo depois reduzia (4-3) Kanouté, também de cabeça. O Braga não só eliminava o Sevilha, como também vencia pela segunda vez com distinção, classe e categoria. Este época, o Axa também merece receber os " tubarões europeus ".
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