TALENTOS DAS LIGAS EUROPEIAS
VICTOR HUGO MONTAÑO
Ágil, rápido, tecnicista, e com dotes de goleador, assim se descreve Victor Hugo Montaño. O colombiano de 25 anos, é um dos bons valores da La Ligue (Liga Francesa) e um dos principais responsáveis pela enorme campanha do seu clube no campeonato. O Montpellier é o segundo classificado em França. Sem os argumentos de equipas como o Lyon, o Marselha ou até o Lille, têm-se conseguido superiorizar a todas elas. Em 30 jogos disputados, o atacante sul americano apontou dez golos. Desde o início da época que se tem destacado e dado nas vistas. A sua permanência no " La Mosson ", passou a ser uma enorme incógnita. A cumprir a sua quinta época no Montpellier, Montaño camisola número 11, além de ser o artilheiro da equipa, é também o quinto jogador mais utilizado pelo técnico francês René Girard. Esta tem sido claramente a temporada da confirmação. Os grande em França não o vão querer perder de vista já na próxima época.
Apesar de não ter tido uma tarefa muito fácil, o Guimarães aproveitou da melhor maneira o desaire do Sporting na Madeira frente ao Marítimo, para se aproximar dos leões. O Vitória recebeu e bateu com grandes dificuldades a Académica de André Villas-Boas por 1-0, com um golo de Rui Miguel sobre o minuto 84 do encontro. Um golo que acabou por premiar a equipa que mais procurou a vitória. Esta vitória acabou por voltar a aproximar os vitorianos da formação de Alvalade. Dois, são o número de pontos que separam agora as duas equipas. Na próxima jornada, vai haver o escaldante derby do Minho. O Guimarães desloca-se até ao Estádio Axa, na abertura da jornada número 25 da Liga Sagres.
No Bonfim, e com as portas abertas, foi sofrer a bom sofrer. O Vitória de Manuel Fernandes entrou a perder na recepção ao Nacional da Madeira, mas acabou por dar a volta ao marcador. O golo da vitória, de extrema importância, foi apontado pelo inevitável Keita, quando o cronómetro marcava o minuto 90. O Setúbal conseguiu assim um triunfo importantíssimo, antes da visita a Olhão. Onde se realizará mais uma final para as duas formações. Olhanense e Setúbal somam ambos 23 pontos (menos um que a Académica). Mais cinco que o Leixões que é penúltimo. E mais nove que o lanterna vermelha Belenenses. Nacional é outra das equipa que tem vindo a desiludir. Na segunda volta venceu apenas uma vez.
Não menos importante, foi a surpreendente vitória do Olhanense em Vila do Conde por 5-1, frente ao Rio Ave de Carlos Brito, depois de ter estado a perder. O Olhanense conseguiu assim, o seu primeiro triunfo esta temporada fora de portas, e logo com uma goleada num terreno sempre complicado. Três pontos que no final podem fazer a diferença e, que sabe manter a equipa algarvia entre os grandes na próxima época. O sonho continua bem vivo. O Rio Ave continua irreconhecível nesta segunda metade da prova. Ocupa actualmente a décima primeira posição da tabela classificativa, quando na primeira volta andou sempre entre os primeiros.
O Leixões regressou aos triunfos várias jornadas depois, e deu a possibilidade ao seu técnico : Fernando Castro Santos, de vencer pela primeira vez no comando da formação de Matosinhos. Um golo apontado pelo seu capitão, Hugo Morais, foi suficiente para a equipa da casa bater a Naval de Augusto Inácio, que vinha de uma derrota a meio da semana frente ao Chaves em jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. O Leixões mantêm-se a cinco pontos de Setúbal e Olhanense. E na próxima ronda, terá uma difícil deslocação à Choupana, onde vai medir forças com o Nacional da Madeira.
Em Leiria, encontraram-se duas das equipas que prometem lutar pela Europa até ao último minuto do campeonato. O Leiria foi mais feliz, e venceu o Paços de Ferreira por 2-1, com um bis do brasileiro Cássio. O golo da vitória foi apontado já no tempo de compensação. Triunfo que permitiu aos leirienses ascenderem ao sexto posto, em troca com os pacenses. As duas formações estão separadas por um único ponto. Na próxima jornada o Paços de Ferreira recebe o último classificado : o Belenenses. Enquanto que o Leiria desloca-se a Coimbra para defrontar os estudantes.
GOLO DA JORNADA
Hulk - Porto
Um golo em três actos. Receber o esférico sobre o lado direito, flectir para a zona central e, de pé esquerdo, desferir uma remate portentoso que entrou no ângulo da baliza de Bruno Vale e anichou-se nas suas redes. Mais um momento de Hulk, para mais tarde recordar.
O ONZE DA JORNADA
Guarda-redes - Bracalli - Nacional
Defesa esquerdo - Carlos Fernandes - Olhanense
Defesa direito - Collin - Setúbal
Defesa central - Cardozo - Leixões
Defesa central - Luisão - Benfica
Médio - Rafael Miranda - Marítimo
Médio - Moreno - Guimarães
Médio - Fernando - Porto
Avançado - Hulk - Porto
Avançado - Cássio - Leiria
Ponta-de-lança - Djalmir - Olhanense
Hulk, jogador brasileiro do Porto, que regressou em jogos da Liga depois de uma longa ausência, foi o grande atractivo do Belenenses - Porto de ontem à noite no Restelo, jogo que fechou a ronda 24 da competição. Não só pelo seu regresso, mas, principalmente, pela forma soberba com que se voltou a exibir com a camisola dos azuis-e-brancos. Apontou o segundo golo dos portistas (golo da jornada) e ainda fez duas assistências. Foi decisivo diante de um Belenenses que nem sequer conseguiu esboçar qualquer reacção, e que a seis jornadas do fim da prova, continua a ver a manutenção cada vez mais distante. Já o Porto, aproximou-se do objectivo Champions. Ao ganhar no Restelo por 3-0, com golos de Rolando, Hulk e Falcao, ficou apenas a cinco pontos do Sporting de Braga, que como se sabe, tinha perdido na Luz por 1-0.
Animicamente, já é complicado entrar em campo sendo o lanterna vermelha, mesmo frente a um grande. Mais doloroso é ainda, subir ao relvado sabendo que os adversários directos na luta pela permanência tinham ganho. O Leixões na recepção à Naval. O Setúbal no Bonfim diante do Nacional, e o Olhanense em Vila do Conde. Resultados que deixavam o Belenenses a nove pontos da fuga aos últimos lugares. Estes são sempre aspectos que condicionam ou mexem com a estrutura psicológica de uma equipa. E ontem, o Belenenses foi exemplo disso. Nos primeiros 45 minutos, apenas por uma vez a equipa da casa foi capaz de incomodar a baliza de Helton com algum perigo. Jogava-se então o minuto 11, quando Lima alvejou a baliza portista.
A quatro minutos do intervalo, Rolando, ex jogador do Belenenses, foi mais esclarecido e atirou a contar de cabeça num lance de bola parada. Bruno Vale já tinha negado o golo a Bruno Alves minutos antes, num lance idêntico, com a defesa da noite. O Porto ia para as cabines em vantagem. O segundo tempo não se podia ter iniciado de melhor forma. Com apenas cinco minutos jogados na segunda metade, Hulk voltou a fazer das suas. Sobre o lado direito, flectiu para a zona central e, de pé esquerdo, aplicou um pontapé indefensável ao ângulo da baliza de Bruno Vale. Estava feito o 2-0. E, pelo que se via do jogo, o Porto matava a partida com o segundo golo. O Belém parecia incapaz de responder à altura.
Toni, técnico da formação lisboeta, ainda lançou Zé Pedro e André Almeida, mas os resultados não foram muito animadores. O Belenenses continuava incapaz de incomodar o último reduto do Porto. A sete minutos dos 90, o inevitável Falcao fez o golo da ordem, e vai mantendo a sua luta acesa com Cardozo na luta pelo topo dos marcadores. O colombiano apontou o seu 18º golo na Liga (menos um que o paraguaio) depois de um cruzamento milimétrico do brasileiro Hulk. Falcao viria ainda a marcar mais um golo, mal assinalado pela equipa de arbitragem. Hulk, mais uma vez, foi quem protagonizou a jogada. Triunfo justo do Porto. Ficou mais perto do Braga. O Belenenses deu mais um passo atrás.
Mais de 64 mil pessoas viram o Benfica ficar mais perto do título de campeão nacional, após o triunfo sobre a formação minhota do Sporting de braga ontem à noite em pleno estádio da Luz por 1-0, com um golo do internacional brasileiro Luisão, no jogo grande da ronda 24. Golo que mereceu grande contestação de Domingos Paciência, técnico arsenalista.
Com esta vitória os encarnados aumentaram para seis pontos a vantagem numérica sobre os bracarenses, quando faltam apenas seis jornadas para o final da competição. Luisão parece ter sido talhado para marcar em jogos cruciais. Em 2005, ano em que o Benfica venceu o campeonato pela última vez, o tento decisivo frente ao Sporting também foi apontado pelo capitão das águias.
O Braga deslocou-se ao Estádio da Luz na máxima força, mas não se expôs muito ao risco nos primeiros 45 minutos. Apostou sempre numa estratégia de contenção e preferiu dar ao Benfica a iniciativa de jogo. Sempre que podia tentava lançar contra-ataques rápidos pelas unidades mais ofensivas, casos : de Mossoró, Alan, Paulo César e Renteria. O colombiano continua a relegar o camaronês Meyong para o banco de suplentes.
No lado do Benfica a grande dúvida residia na utilização do argentino Saviola, que não havia treinado durante a semana. Chegou-se mesmo a pensar que o número 30 encarnado poderia começar no banco de suplentes, mas uma hora antes do início do desafio todas as dúvidas acabaram por ficar totalmente dissipadas. Saviola ia mesmo iniciar a partida como titular ao lado de Cardozo.
Apesar do Benfica ter sido sempre a equipa mais ofensiva, criou poucas oportunidades de golo. Uma dessas raras ocasiões foi desperdiçada por saviola aos 24 minutos. O protagonista de um dos poucos erros defensivos da equipa minhota foi Filipe Oliveira, que tentou atrasar para Eduardo, mas Saviola conseguiu interceptar o passe e cara-a-cara com Eduardo atrapalhou-se e não conseguiu bater o guardião português.
Foi quase sempre através de lances de bola parada que o Braga ia chegando á baliza de Quim. No entanto eram lances quase sempre inofensivos. O Braga preocupava-se mais em travar as unidades mais perigosas do conjunto de Jorge Jesus do que em adoptar outro estilo de jogo. Foi em cima do intervalo que o Benfica inaugurou o marcador, graças a Luisão. Pontapé de canto na direita, a bola sobrou para Luisão, e este limitou-se a empurrar para o fundo das redes de Eduardo de pé esquerdo.
O intervalo chegava com picardias de um lado e do outro. E, de repente, vieram ao de cima as memórias do " túnel de Braga ". Os jogadores e as suas equipas técnicas ficaram com algum receio de entrar no túnel. Ninguém queria entrar primeiro. Até que o Benfica tomou a iniciativa. A segunda parte iniciava-se da mesma forma que a primeira. Com o Benfica a comandar as operações. Isto, só até aos 52 minutos. Altura do jogo em que Mossoró sai lesionado e para o seu lugar entra Luís Aguiar. Homem que logo depois ia revolucionar o jogo dos visitantes, em conjunto com Matheus.
Com as alterações efectuadas por Domingos Paciência, o Braga transfigurou-se por completo. Apostou noutro estilo de jogo, e aos pouco ia criando algum perigo junto da baliza de Quim. Por seu lado, os encarnados iam falhando boas ocasiões para matar o jogo. Matheus ainda deu o primeiro aviso aos 60 minutos. Oito minutos depois, enorme ocasião de golo para os visitantes. A melhor em todo o jogo para o Braga. Cabeceamento de Moisés a passar ao lado do poste da baliza de Quim, completamente batido.
O Benfica em vantagem, foi inteligente, nunca perdeu o discernimento e soube preservar a importante vantagem que dispunha, acabando por vencer assim o seu adversário directo na luta pelo título. A seis jornadas do fim, e mesmo com um calendário bem mais acessível, o Braga ficou mais longe do sonho do título. Já o Benfica deu um passo de gigante, ao aumentar de três para seis pontos a vantagem sobre o Braga.
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