A selecção nacional venceu a China no Municipal de Coimbra por 2-0, com golos de Hugo Almeida e Liedson (um em cada parte), em jogo de preparação para o Campeonato do Mundo da África do Sul. Mas não convenceu. Na segunda parte os mais de 20 mil adeptos que marcavam presença nas bancadas, brindaram a formação de Carlos Queiroz com um coro monumental de assobios.
Os apupos fizeram-se sentir com grande intensidade, devido à péssima segunda parte da selecção. Os adeptos queriam mais golos e, sobretudo, mais empenho da parte dos jogadores. As experiências do seleccionador não passaram despercebidas e deixaram muito a desejar. Uma das quais, foi colocar um jogador como Hugo Almeida, na faixa esquerda do ataque português. Incompreensível é a única palavra que me ocorre para classificar tal decisão.
O desafio de ontem, frente aos chineses, ficou ainda marcado pelas estreias do guarda-redes Hilário do Chelsea, e do extremo do Porto Silvestre Varela. O objectivo da equipa técnica era defrontar um adversário com características idênticas às da Coreia do Norte, uma das selecções que calhou em sorte no grupo (G) de Portugal.
Foi um jogo com duas partes totalmente distintas. No primeiro tempo Queiroz apostou num onze muito próximo daquele que deverá iniciar a competição em África. Os primeiros 45 minutos foram dominados por completo pela selecção nacional, que dispôs de várias e boas ocasiões para chegar à vantagem. O primeiro golo só chegou aos 36 minutos por intermédio de Hugo Almeida. Arrancada pelo lado esquerdo de Ronaldo, que descobriu o atacante do Werder Bremen em boa posição, e este não desperdiçou.
Na segunda parte, o ritmo de jogo abrandou muito por culpa das várias substituições que foram efectuadas. Jogadores pouco entrosados e em vantagem no marcador, decidiram tirar o pé do acelerador, e a partir de aí, entraram em cenas os apupos vindos das bancadas. O segundo golo acabou por surgir aos 95 minutos, com alguma sorte à mistura. Remate de João Moutinho, desviado de forma involuntária, acabou por trair o guarda-redes chinês, um dos melhores jogadores em campo.
Portugal cumpriu com a sua obrigação, ao vencer a selecção chinesa, não se esperava outro resultado que não uma vitória. No entanto, esperava-se mais. A equipa das quinas não convenceu. Enquanto que as opções técnicas do seleccionador continuam a dar que falar.
A vigésima primeira jornada da Liga Sagres arrancou na sexta-feira com o triunfo do Vitória de Guimarães de Paulo Sérgio no terreno da União de Leiria. Um golo apontado já no decorrer da segunda parte de grande penalidade, apontado pelo brasileiro Andrezinho, foi suficiente para a formação minhota amealhar mais três pontos na luta pela Europa. A expulsão de Hélder Godinho, guarda-redes do União de Leiria, dificultou a tarefa da equipa da casa, e facilitou os visitantes. O conjunto orientado por Lito Vidigal já não vence desde a décima sétima jornada. O último triunfo foi conseguido no Magalhães Pessoa frente ao Olhanense por 2-0.
A Naval 1º de Maio, que até nem começou nada bem a temporada, deu mais uma passo decisivo na luta pela permanência. Recebeu e bateu o Marítimo do holandês Van Der Gaag por 2-1. Somou o seu segundo triunfo consecutivo (tinha ganho em Setúbal na jornada anterior) e chegou aos 25 pontos. Ficou apenas a um do seu último adversário. Os insulares até entraram bem na partida, e colocaram-se em vantagem logo aos 12 minutos, por intermédio de Kléber. A Naval empatou perto do intervalo, e aos 82 minutos consumou a reviravolta no marcador graças a Marinho. Kléber, ponta-de-lança dos insulares continua a deixar muito boas indicações. Apontou o seu quarto golo em outros tantos jogos. A nova joia do Marítimo tem apenas 19 anos.
O Sporting de Braga que tinha sido goleado no Dragão, na jornada anterior, regressou de imediato ás vitórias. Os bracarenses venceram o Olhanense de Jorge Costa no Estádio Axa por 3-1, depois de terem estado a perder. A equipa algarvia voltou a demonstrar que é uma das poucas formações em Portugal que sabe e gosta de jogar de cabeça levantada com qualquer adversário. E não se fecha lá atrás, como é o caso de muitas outras equipas. Talvez por isso, não tenha tantos pontos quanto a Naval por exemplo. O Olhanense perdeu, mas o resultado é enganador, e até injusto. A equipa que viajou de Olhão, esteve sempre à altura do Braga. E durante a primeira parte, chegou a dominar o desafio durante largos períodos. Dois erros defensivos deitaram tudo a perder. O Braga continua a ombrear com os encarnados na luta pelo título. Um ponto separa as duas formações.
A Académica foi surpreendida em casa pelo Rio Ave, que já não ganhava há duas jornadas. O último triunfo tinha sido em casa, diante do Leixões. Os vilacondenses levaram os três pontos de Coimbra, graças a um golo solitário de Wires, marcado aos 39 minutos da primeira parte. O brasileiro Wires, autor do golo, tem sido um dos jogadores do plantel de Carlos Brito que mais se tem destacado na presente época. Os estudantes tentaram tudo na segunda parte para chegar ao empate, mas esbarraram sempre na bem estruturada linha defensiva do Rio Ave. O guarda-redes internacional angolano Carlos, foi decisivo no último quarto de hora, ao segurar a vantagem da sua equipa, com um punhado de boas intervenções.
Chuva de golos na Mata Real. O Paços de Ferreira e o Vitória de Setúbal, mostraram que duas equipas que lutam pela manutenção, também podem dar espectáculo e proporcionar um bom jogo de futebol. As duas equipas apontaram oito golos. O Paços foi mais forte, e acima de tudo, bem mais eficaz. Apontar cinco dos oito golos. O vitória entrou a ganhar, com um tento de Keita, mas mostrou-se incapaz de contrariar o bom momento e a supremacia do Paços de Ferreira. Que atravessa a melhor fase da temporada. Que ao vencer os sadinos, subiu ao sexto lugar com 29 pontos. Está apenas a um de alcançar o seu grande objectivo. Bem mais difícil, continua a situação do conjunto orientado por Manuel Fernandes. Que depois de uma série de cinco jogos sem perder, somou a segunda derrota consecutiva. Ainda assim, o Vitória vai-se mantendo acima dos últimos dois com 16 pontos.
A jornada número 21 do campeonato, era para ter encerrado na segunda-feira à noite, com o Nacional - Belenenses. Porém, as péssimas condições atmosféricas, impediram que o jogo se realizasse. E só ontem, é que a jornada ficou completa, com a primeira vitória do Nacional em 2010, nesta Liga. Os insulares ganharam por 1-0, com um golo de João Aurélio. O Belenenses de Toni, fez uma boa segunda parte, e até podia ter ido além de mais uma derrota. A nove jornada do final da competição, a manutenção parece ser cada vez mais um objectivo bem difícil de alcançar. O Belenenses é o lanterna vermelha com apenas 11 pontos. Menos quatro que o Leixões, que é penúltimo, e menos cinco que o Setúbal que é décimo quarto. Ao que tudo indica, a luta pela permanência será disputada por quatro formações. Belenenses ; Leixões ; Setúbal e Olhanense.
GOLO DA JORNDA
Di Maria - Benfica
O terceiro golo do internacional argentino no estádio do Mar ante o Leixões. Remate indefensável do jogador esquerdino. O seu terceiro golo no encontro, o quarto dos encarnados.
ONZE DA JORNADA
Guarda-redes - Nilson - Guimarães
Defesa esquerdo - Nuno Pinto - Nacional
Defesa direito - Carlitos - Naval
Defesa central - Fábio Faria - Rio Ave
Defesa central - Valdomiro - Guimarães
Médio - Pedro Mendes - Sporting
Médio - Airton - Benfica
Avançado - Matheus - Braga
Avançado - Yannick - Sporting
Avançado - Di Maria - Benfica
Ponta-de-lança - William - Paços de Ferreira
Foi ainda há bem pouco tempo (coisa de dias), que ficámos a conhecer os equipamentos alternativos de algumas das selecções que vão disputar o Próximo Mundial de futebol. Entre eles, o da nossa selecção. Eu pessoalmente não gostei muito. Quem o criou, das duas uma : ou estava particularmente desinspirado na altura da criação, ou então, tem muito mau gosto. Porém, como diz o outro : gostos não se discutem. Como já disse e volto a dizer não gostei muito. Principalmente da camisola. Aquelas duas riscas não ficam lá nada bem.
Ainda sou do tempo em que se criavam equipamentos simples e bastante bonitos. Como por exemplo os das selecções que disputaram o Campeonato do Mundo de 94, realizado nos Estados Unidos. Na minha opinião, nenhum outro consegue bater aquele que a selecção das quinas vestiu em Inglaterra durante o Euro 96. Competição em que Portugal se ficou pelos quartos-de-final. Graças um golo estupendo de Karel Poborsky, a República Chega eliminou (1-0) Portugal. Já não se fazem equipamentos como os de antigamente. Principalmente, como aqueles que se faziam na década de 90. Nessa altura havia bom gosto, ao contrário de hoje.
Tal como no fim-de-semana passado, o jogo mais aguardado desta jornada voltou a ser surpreendente. O Sporting recebeu e venceu em Alvalade, o Porto por 3-0 de forma clara no jogo grande da jornada 21, vingando assim, a pesada derrota que tinha sofrido no Dragão em jogo da Taça de Portugal, quando foi afastado da prova ao perder por 5-2. Ontem à noite, a equipa leonina redimiu-se, e repetiu a exibição e o resultado que já havia conseguido diante do Everton, que na altura lhe valeu o apuramento para os oitavos-de-final da Liga Europa. Esta vitória agradou a sportinguistas, e sobretudo aos benfiquistas e bracarenses, por motivos óbvios.
Yannick Djaló, um dos melhores em campo, voltou a justificar a sua titularidade, não só pelo seu rendimento, que foi decisivo no decorrer do jogo, mas também pelo golo que apontou. O primeiro da noite, que logo depois veio catapultar o Sporting para mais uma noite de gala. E muito provavelmente, colocado um ponto final do Porto na luta pelo campeonato. Que, com este desaire, ficou a nove pontos da liderança, ocupada pelo Benfica, e a oito pontos do Braga, que se vai mantendo na segunda posição da tabela classificativa. Renovar o título de campeão nacional, e marcar presença na Liga dos Campeões da próxima época, começam a ficar cada vez mais longe.
O Sporting com esta vitória recuperou o quarto posto, objectivo definido pelo seu presidente, visto que um lugar no pódio está fora de hipótese. Além de Djaló, também Pedro Mendes e Miguel Veloso foram de grande utilidade. O primeiro, pela forma como desempenha o seu papel no onze de Carlos Carvalhal, que na minha opinião, como já o tinha dito, é o melhor número seis do futebol português. E, claro, Miguel Veloso, pela sua entrega, pela sua veia goleadora (marcou nos últimos dois jogos) e pela sua polivalência. Atravessa um grande momento de forma. Dificilmente o Sporting irá conseguiu segurar o o médio leonino.
No Lado do Porto, o ciclo de Jesualdo Ferreira aproxima-se do seu final. Se o clube não for além de um mero terceiro lugar, o mais provável é a saída do professor, depois de quatro temporadas a liderar os azuis-e-brancos. Não sei o que é que os adeptos portistas acham de Tomás Costa, que para mim, nunca foi jogador com qualidade suficiente para jogar num clube com o Porto. O Porto tem de ter no seu plantel jogadores que sejam ou possam ser titulares indiscutiveis. E não, jogadores que possam ser alternativas medianas aos seus titulares, como são : Tomás Costa ou Guarín.
O Sporting mostrou desde cedo que estava ali para vencer o desafio, e quem sabe, repetir a exibição anterior ou até o resultado. Adiantou-se no marcador logo aos seis minutos, pelo frenético Yannick Djaló, que com um remate forte, ainda de fora da área, bateu Helton sem apelo nem agrado. Com seis minutos de jogo a vantagem do leão não se justificava, mas com o passar dos minutos, essa vantagem foi-se justificando. Djaló, rápido, moralizado, confiante, renovado e num bom momento, mostrava mais uma vez serviço, justificando a aposta de Carvalhal.
Izmailov foi sempre um quebra-cabeças para Álvaro Pereira, muito por culpa das duas deambulações para a zona central. Foi precisamente num desses movimentos, que o Sporting aumentou a vantagem para 2-0, com um remate do jogador russo, mais um, sem hipótese de defesa para Helton. Izmailov voltava a marcar ao Porto. Ele que tinha apontado o primeiro golo dos leões no jogo da Taça de Portugual.
A linha atacante do Porto nunca conseguiu criar perigo. Mariano Gonzalez que parecia estar a atravessar a sua melhor fase desde que chegou a Portugal, foi sempre inofensivo. O mesmo aconteceu com os dois jogadores que compunham o tridente do onze de Jesualdo Ferreira. Falcao raramente foi assistido. Varela que tem estado em grande forma, não mostrou o porquê de ter sido chamado á selecção.
A segunda parte só veio confirmar o que já se suspeitava, a superioridade da equipa da casa, que estava extremamente motivada, e dificilmente iria chegar aos 90 minutos, com outro resultado, que não um triunfo. E assim foi. Veloso matou o jogo logo no ínício da segunda metade, quando aumentou para 3-0, na sequência de uma jogada de Liedson. Mais uma belo golo da formação orientada por Carlos Carvalhal. O Porto caia em Alvalade, com uma exibição muito pobre. A nove jornadas do final da competição, o objectivo do título começa a ser uma miragem, e a Liga dos Campeões não foge à regra. O Sporting está bem e recomenda-se, que se cuidem os aspirantes ao quarto lugar.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Desertor - com ou sem raz...
. Um olhar sobre os candida...
. Fará Luisão assim tanta f...
. Liga Europa - O adversári...
. Liga Europa - O adversári...
. Liga Europa - O adversári...
. Um ponto final na maldiçã...
. Liverpool no caminho do B...