GOLEADA HISTÓRICA COLOCOU O BARCELONA NO TOPO
Muito vibrei eu ontem à noite com o " maior clássico do mundo ". Como em Espanha sempre admirei o Barcelona, e sempre detestei o Real Madrid, deliciei-me ao ver a lição de futebol que os madrilenos levaram. Nem Ronaldo, nem Mourinho (maior derrota da carreira) foram capazes de travar o melhor futebol da actualidade. Foram 90 minutos de superioridade levada ao extremo e, mais uma vez, Messi ofuscou Ronaldo, só faltou o golo do costume. Mourinho permanecia calmo e sereno no banco de suplentes, assistindo ao futebol mágico de Xavi, Iniesta e companhia. Era um treinador resignado, era impossível fazer alguma coisa. Nem um Einstein da táctica seria capaz de parar aquele carrossel. O Real Madrid tem uma grande equipa e joga bom futebol, mas não está ao nível deste Barcelona, nem sei se alguma vez estará. Enquanto Guardiola e aqueles jogadores estiverem lá, nenhuma outra equipa será capaz de se superiorizar em termos de futebol jogado.
Em 90 minutos, o Real Madrid :
- Perdeu a liderança da La Liga ;
- Perdeu três pontos ;
- Perdeu a invencibilidade ;
- Foi goleado e humilhado ;
- Perdeu o melhor ataque ;
- Perdeu a melhor defesa ;
- E também perdeu Sérgio Ramos.
BIS DE CARDOZO E EXIBIÇÃO CONVINCENTE
LIGA ZON SAGRES - 12ª JORNADA
BEIRA-MAR - BENFICA
Foi com uma exibição convincente, e um bis de Oscar Cardozo (ainda assistiu Saviola para o terceiro), no seu regresso à titularidade, que o Benfica foi vencer a Aveiro o Beira-Mar por 3-1, isolando-se assim na segunda posição do campeonato, beneficiando do empate no clássico e da derrota do Guimarães no Funchal frente ao Marítimo. Anselmo a cinco minutos dos 90 ainda reduziu para os aveirenses. Os encarnados encurtaram a distância que os separa do líder porto, para oito pontos.
Esta, foi a melhor resposta que a equipa poderia dar depois do descalabro de Telavive. Jorge Jesus disse mesmo que era a vitória que o Benfica precisava. A única forma da equipa se redimir era regressar aos triunfos em Aveiro, para aumentar e encurtar distâncias. Sem Aimar, mas com Amorim e Carlos Martins na linha média, e o paraguaio Cardozo na frente, o Benfica arrancou em bom plano e poderia ter chegado ao intervalo a vencer por mais de um golo.
Golo esse que só chegou em cima do intervalo, quando Bruno Paixão descortinou um agarrão de um defesa aveirense ao paraguaio do Benfica na grande área do Beira-Mar - grande penalidade que o próprio encarregou-se de converter com categoria. O segundo tempo iniciou-se com ocasiões flagrantes para ambos os lados (minutos 46 e 49). Cardozo e Ronny (ao poste) cheiraram o golo. Aos 59 minutos, o momento alto da noite. Cardozo apontou um golo de belo efeito, com um remate em arco, e aos 66, assistiu Saviola para o terceiro da noite, após um gesto técnico sobre o central Hugo (autor de uma exibição grandiosa, principalmente na primeira parte).
EMPATE A UM COM ARBITRAGEM POLÉMICA
LIGA ZON SAGRES - 12ª JORNADA
SPORTING - PORTO
Primeiro Valdés (37 minutos da primeira parte), depois Falcao (57 minutos da segunda parte) fizeram os golos do clássico, que ficou marcado pelo regresso de Moutinho a Alvalade, e pela expulsões de Maicon e André Villas-Boas. Resultado justo. Não foi o jogo que todos queriam que fosse, como espectáculo foi pobre, mas foi dividido, discutido, e o resultado final aceita-se, tendo em conta o que foi a produção de uma e outra equipa. O Sporting entrou melhor, controlou a espaços a primeira metade. Respondeu o Porto com uma entrada mais pressionante no segundo tempo. Depois da expulsão de Maicon, o Sporting voltou a carregar, mas sem resultados prácticos. De lamentar a prestação da equipa de arbitragem : não esteve ao nível de um jogo tão importante.
Apesar de ter dominado a maior parte do primeiro tempo, foi o Porto que criou a primeira grande ocasião de golo. Passe de Belluschi a desmarcar Falcao, mas o colombiano só com Patrício pela frente atirou ao lado. Depois do susto inicial só deu Sporting. Aos 23 minutos respondeu Pedro Mendes com um pontapé portentoso do meio da rua, que levava o selo de golo. O tiro do médio mais defensivo leonino esbarrou na trava de Helton (completamente batido). Minuto 37, explosão em Alvalade ! Rui Patrício bateu a bola na sua área, Liedson deixou passar, e Valdés foi mais rápido que Maicon. O Sporting chegava à vantagem com dois toques, e em fora-de-jogo.
No segundo tempo o Porto passou a mandar no jogo, e deu o primeiro aviso aos 49 minutos, por intermédio de Hulk (passou ao lado do jogo), com um remate em arco. Oito minutos depois, o Porto chegou mesmo ao empate. Abertura de Moutinho na direita para Hulk, que com uma assistência primorosa, deu a oportunidade ao número nove portista de igualar o encontro, e desta vez o goleador sul americano não desperdiçou. Moutinho, provavelmente pela pressão que tinha em cima, também não foi muito feliz no seu regresso a Alvalade.
Houve na minha opinião, mais mérito do Sporting (pelo estudo de Paulo Sérgio ao seu adversário, cobrindo muito bem os espaços essenciais) do que demérito da parte do Porto, que parece estar em quebra. Nos últimos três encontros a equipa sentiu algumas dificuldades para vencer, e não foi capaz de mostrar o seu futebol. Aos 68 minutos, quando o Porto parecia estar por cima, Maicon com a bola em zona defensiva, foi hesitando e permitiu a aproximação de Liedson, que soube tirar partido da situação, e para mim sofreu mesmo falta. Expulsão que condicionou a estratégia azul-e-branca nos últimos 20 minutos. Em vantagem numérica Paulo Sérgio reforçou o ataque, mas o Sporting nunca conseguiu aproveitar a superioridade e incomodar o último terço de terreno do seu opositor.
EXIBIÇÃO DE GALA DO BÚLGARO NO TEATRO DOS SONHOS
Foi com uma exibição fantástica, que o Manchester United de Alex Ferguson, Nani e companhia, ascendeu à liderança (tem um jogo a mais que o Chelsea, que só joga amanhã) da Premier League. O Blackburn deslocou-se a Old Trafford e foi cilindrado por 7-1, com um cinco golos de Berbatov (tarde mágica). O número nove do United, antigo jogador do Leverkusen e Tottenham, custou aos cofres do campeão inglês uma verba a rondar os 42 milhões de euros.
O internacional búlgaro foi contratado para fazer golos e as coisas não lhe têem corrido da melhor maneira, no grande desafio da sua carreira. A mim nunca me convenceu, apesar de ser bom jogador. Mas hoje, tenho de admitir que me conseguiu surpreender, com uma exibição de grande nível, provavelmente a melhor da sua carreira.
Esta prestação, serviu também para alertar Ferguson, para o facto de Berbatov, ser uma daqueles jogadores que não pode jogar sozinho na frente, como única referência, precisa de um jogador que lhe possa apoiar, Rooney pela sua técnica e velocidade é o parceiro ideal. Com um colega ao lado, ou nas costas, Berbatov consegue ter desempenhos interessantes, como o de hoje.
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