Apenas e só futebol

O BOMBARDEIRO DO SOUTHAMPTON

MATTHEW LE TISSIER

Este senhor (retirado do futebol há vários anos), antigo médio ofensivo inglês, foi mais um entre tantos outros jogadores que passaram ao lado de uma grande carreira. Digo isto, porque fez toda a sua carreira no modesto Southampton. Jogador promissor, que tinha sem sombra de duvida, capacidades e qualidades mais do que suficientes para ter brilhado num clube de outra dimensão, e com outros objectivos. Isto era o mínimo que se podia desejar, a um jogador da sua qualidade, e que tanto deu ao futebol, sem receber nada em troca : troféus.

Tinha uma técnica acima da média, e de fazer inveja a muitos outros jogadores da sua geração. O que o caracterizava mais, era o seu remate forte, colocado, eficaz, mortífero, e absolutamente portentoso. Eu como grande adepto do futebol inglês, posso dizer que era um dos médios que mais prazer me davam ver jogar. Era um regalo para os olhos ver MLT mostrar todo o seu potencial técnico, e de seguida olhar o alvo, e disparar de forma arrepiante. Quando rematava, raramente falhava o destino pretendido, era algo espantoso, momentos que jamais irei esquecer.

Era impressionante a colocação do seu remate, quase sempre na direcção da baliza. Raramente falhava o alvo, na maioria das vezes, fazia golos estupendos. Golos dignos de qualquer top, ou de acordar um estádio. Se houve jogadores que muito deram à Premier League, este foi sem duvida nenhuma um deles. Deu classe, brilhantismo, golos e muito espectáculo. A cada verão que passava, esperava sempre que o Matthew, pudesse mudar de ares, e representar um clube de outra dimensão e com outros objectivos. Infelizmente isso nunca chegou a acontecer, com muita pena minha.

Matthew Le Tissier, foi um dos melhores futebolistas a actuar no país da sua majestade na década de 90. Foi um dos que conseguiu deixar a sua marca na melhor Liga de futebol do planeta. Os seus remates dificilmente serão esquecidos, ou irão encontrar opositor à altura. E um dos muitos jogadores que sinto falta de ver jogar, especialmente, quando este olhava para a baliza depois de tirar do caminho o opositor, e aplicava o seu temível pontapé, era sem dúvida ele. Em toda a sua carreira falhou apenas uma grande penalidade, e cobrou com êxito mais de quarenta. Foi ainda o primeiro médio e chegar à marca dos cem golos (mais de cento e sessenta no toal) naquela prova !

O NÚMERO SEIS MAIS ELEGANTE QUE O FUTEBOL JÁ VIU

FERNANDO REDONDO

Pendurou as botas em 2005, é argentino e chama-se Fernando Redondo. Quem lê este nome e sistematicamente se recorda, não consegue ficar indiferente. Principalmente, todos aqueles que acompanharam a sua carreira. Fernando Redondo teria sempre lugar no meu onze de sonho. Marcou toda uma geração de jogadores que actuam à frente da linha defensiva, como tão bem ele fazia. Diversos jogadores têm sido comparados ao antigo médio argentino ano após ano, mas este é incomparável. Foi único. Foi ele quem revolucionou a forma como se joga naquele espaço. 

Quem o viu jogar e, acompanhou o seu trajecto, toda a sua carreira, tem de concordar, quando se diz que que Fernando Redondo foi o protótipo do médio defensivo ideal. Um jogador por excelência. Elegância, classe e muito talento, fizeram deste jogador sul americano um exemplo a seguir. É um dos jogadores que sinto mais falta de ver jogar no meio-campo de uma equipa. Uma verdadeira delícia para todos os amantes do desporto rei. Cabeça levantada, arrumando o meio campo, construindo o jogo da sua equipa, um verdadeiro patrão. Um autêntico número 6 moderno.

Há jogadores que ficam na história por tudo aquilo que deram ao futebol, Redondo é um deles. Um jogador memorável. Sorte do Real Madrid que contou com o médio defensivo esquerdino durante seis épocas. O antigo número 6 dos " blancos ", faz parte daquela lista de jogadores que vão permanecer para sempre na memória de quem ama o futebol. Infelizmente, foram a quantidade enorme de leões que lhe atormentaram a carreira. Podia ter dado mais qualquer coisa ao " Beautiful Game ".

Inteligência táctica, certeza no passe e uma técnica anormal para um médio, fizeram de si um dos melhores da sua geração. Redondo jogava sempre sozinho, o único pêndulo do onze. Uma das piores decisões que qualquer treinador podia tomar, era sem dúvida a de colocar outro jogador ao seu lado. Ele sozinho dava conta do recado. Rendia muito mais sem ninguém perto do seu habitat natural. Uma frase sua tornou-se célebre - « Sou trinco porque é a melhor posição. Ali se cruzam todos os caminhos. Se Cristo tivesse jogado futebol escolheria esse lugar. » Um jogador inesquecível. Presença garantida no meu onze ideal de sempre !!!

O seu último clube foi o Milan. Vestiu ainda a camisola dos Argentinos Juniors e do Tenerife, além das camisolas da selecção Argentina e do Real Madrid. Foi em Madrid que conheceu os melhores anos da sua carreira. Sagrou-se Bi Campeão Europeu ao serviço do clube da capital Espanhola nas temporadas de 97/98 e 99/00.