Portugal venceu Malta por 4-0 (Nani ; Simão, Veloso e Edinho) ontem há noite em Guimarães e, garantiu o seu primeiro play off de aceso a uma fase final de um Campeonato do Mundo. Foi com calma, facilidade e muita tranquilidade, que a selecção das quinas fechou o grupo 1 da zona europeia, com mais um triunfo. Recorde-se que o primeiro jogo do grupo havia sido em Malta. Três a zero tinha sido o resultado final. Portugal abriu e fechou com chave de ouro a classificação.
Guimarães encheu-se de fé e de esperança. Ao contrário de outras alturas, dependíamos só de nós. E a tarefa era tão fácil - Era só vencer Malta. A selecção mais frágil do grupo (não marcou um único golo). Motivação era a palavra de ordem no seio do grupo. A vitória na Luz sobre a Hungria tinha colocado de novo o Mundial 2010 no horizonte dos Portugueses. A selecção entrou ansiosa, o único facto que justifica algumas perdidas escandalosas nos primeiros minutos de jogo. Vontade e atitude nunca faltou ao conjunto Português.
Como já nos habituou, Carlos Queiroz voltou a mexer no onze. Pepe preencheu o lugar que nos últimos jogos havia sido ocupado por Bruno Alves. O luso-brasileiro regressou ao onze depois do castigo e voltou a fazer parelha com Ricardo Carvalho. No lado esquerdo da linha defensiva saiu Duda, para dar lugar a Miguel Veloso. Na frente de ataque surgiu Nani em detrimento do lesionado Cristiano Ronaldo.
Quando se encontram duas equipas com níveis de qualidade completamente diferentes, o mais certo é haver uma goleada. E foi o que aconteceu no D. Afonso Henriques ontem há noite. Nani que comecou de inicio, foi sempre um dos mais activos na primeira parte. Depois de alguma perdidas, o jogador do Manchester United fez o Afonso Henriques explodir pela primeira vez aos 14 minutos do primeiro tempo. Depois de um bom remate. Era o seu terceiro golo na fase de qualificação. A resistência de Malta durava apenas 13 minutos. Ao sexto remate à baliza de Hogg, portugal chegava ao golo com naturalidade.
O jogo de ontem, como já se esperava, foi demasiado previsível. Num lado assistiamos ao futebol atacante da selecção nacional, que tentava chegar rapidamente ao golo. No outro uma equipa que veio fazer o seu papel como se costuma dizer. Defender, defender, estacionar o autocarro e, quando tivesse a oportunidade de explorar um contra ataque, era aproveitar. Algo que raramente aconteceu. Eduardo foi um mero espectador. Uma noite tranquila.
A selecção Cumpriu, nem se esperava outra coisa. Agora é esperar pelo derradeiro adversário. Dois jogos frente a uma destas quatro equipas : Bósnia ; Eslovénia ; Rep. da Irlanda e Ucrânia. Derradeiro adversário e derradeira oportunidade de garantir uma presença na África do Sul. Oportunidade essa que chegou a ser um autêntico milagre.
Nos outros jogos do grupo houve uma surpresa. A derrota caseira da Dinamarca diante da Hungria. A Suécia venceu em casa a Albânia por 4-1.
Classificação Geral do grupo 1
Dinamarca - 21 pontos
Portugal - 19 pontos
Suécia - 18 pontos
Hungria - 16 pontos
Albânia - 7 pontos
Malta - 1 ponto
Foi uma noite perfeita !!! Na luz, mais de 50 mil, viram a selecção nacional vencer pela primeira vez em casa, nesta fase de qualificação. Em solo Português, já não vencia há quase dois anos : impensável. Três golos sem resposta, frente aos Húngaros, deixaram a selecção das quinas na segunda posição do grupo 1 (com 16 pontos, mais um que a Suécia) e, a um triunfo do play off. Se Portugal vencer na quarta feira a selecção de Malta em Guimarães, garante desde logo, um lugar no play off de acesso ao Campeonato do Mundo do próximo ano, a realizar na África do Sul. Um bis de Simão e, o segundo tento de Liedson em três jogos, garantiram três pontos fundamentais.
Em Copenhaga, a Dinamarca deu uma ajudinha aos Portugueses. Os Dinamarqueses venceram a Suécia por 1-0, qualificaram-se para o Mundial e, deixaram os Suecos numa situação complicada. Agora são eles que dependem do resultado de Portugal. As vitórias da Dinamarca e da selecção nacional, atiraram com a Suécia para o terceiro posto do grupo. Jakob Poulsen, médio do AGF, marcou o golo que colocou os Dinamarqueses no Campeonato do Mundo.
Jogava-se o minuto 79 da segunda parte. Era o ponto de viragem que Portugal precisava. Já podemos guardar as máquinas de calcular. É simples, vencer Malta e, assistir ao sorteio dos play offs. A Hungria está fora, a Suécia para lá caminha. Lagerback, selecionador Sueco, demite-se caso venha a falhar a presença no Mundial. Palavras do próprio.
Muito se falou durante a semana, sobre quem seria o substituto de Pepe, como médio defensivo. Nem Raul Meireles, nem Miguel Veloso. Pedro Mendes, jogador do Rangers, regressou à selecção um ano depois e, foi dono e senhor do lugar. E diga-se de passagem, foi um dos melhores em campo, se não o melhor. Soube pautar o jogo da selecção, não perdeu uma boa e deu o equilíbrio táctico que uma equipa precisa. Esteve sublime.
Carlos Queiroz voltou a apostar no 4x3x3. Simão e Ronaldo tentavam municiar Liedson. Na linha média, Pedro Mendes nas costas de Deco e Raul Meireles. A defesa foi a mesma do costume. Duda e Bosingwa continuam a mostrar como se deve atacar pelos flancos e, como não se deve defender. Tacticamente andam bem longe daquilo que se pretende.
Bom jogo de Simão, um dos melhores jogos da temporada do atacante do Atlético de Madrid. Ronaldo voltou a deixar as quatro linhas lesionado. Esteve pouco tempo em campo, ainda assim foi decisivo para o golo inaugural. Rompeu pela esquerda e com um cruzamento - remate, permitiu a Simão abrir o marcador.
O triunfo da equipa de Queiroz foi justíssimo. Apesar de ter passado por um ou outro susto, Portugal foi quase sempre superior aos Húngaros. Na segunda parte a perder e, arredada do Mundial, a Hungria instalou-se no meio campo Português e tomou a iniciativa. Passou a ser uma equipa totalmente diferente da que tinha sido no jogo de Budapeste. Tinha mais posse de bola, mas nunca passou disso. A melhor ocasião foi no primeiro tempo, Gera acertou na trave. Eduardo ficou mal na fotografia. Vencer na quarta feira é obrigatório
No jogo de ontem, os avançados ficaram em branco e, teve de ser um defesa a marcar o golo (que rendeu três pontos). Mais uma vez de bola parada, tal como na Dinamarca. Portugal venceu e, subiu ao terceiro lugar do grupo 1 da fase de qualificação. Porém, continua a depender de terceiros para chegar até ao Mundial da África do Sul.
Um golo apontado por Pepe, na sequênçia de um Pontapé livre cobrado por Deco, logo nos instantes iniciais do encontro (dez minutos), chegou para Portugal vencer os Húngaros em Budapeste e, conquistar mais três pontos, que eram de extrema importância. A exibição da equipa orientada por Carlos Queiroz foi uma das piores dos ultimos tempos e, uma das piores com o técnico à frente da selecção.
Só a vitória interessava, mais nenhum outro resultado servia para as aspirações da selecção das quinas, que ainda assim continua a ter pela frente um tarefa complicada, mas não impossivel. Quem assistiu ao jogo de ontem, tem de concordar quando se diz que o resultado foi melhor que a exibição. Portugal venceu por 1-0 na Húngria, mas de forma sofrivel e, sem ter convencido. Esperava-se mais do conjunto de Carlos Queiroz, até porque pela frente estava a Húngria, que já não conta com os argumentos de outros tempos (década de 50).
No desafio de ontem à noite, Carlos Queiroz, fez apenas uma alteração no onze inicial. Simão deu lugar a Liedson. A equipa voltou a jogar em losango, mas o resultado foi totalmente diferente do jogo de Copenhaga. Um exibição menos conseguida, brindada com pouquíssimas ocasiões de golo. Por vezes é bem melhor jogar mal, criar poucas situações de golo, mas fazer golo na primeira vez que se vai à baliza adversária e vencer o jogo. Foi o que a selecção fez.
Como disse e bem, a Imprensa Húngara, o encontro foi de fraca qualidade. Foi um desafio mau, pobre e bastante feio. Foi uma autêntica batalha. Mas também é preciso dizer que a equipa da casa, muito pouco ou quase nada fêz, para tentar conquistar os três pontos. Jogou quase sempre na expectativa, à espera do erro e do espaço que Portugal deixava. O irrequieto Dzsudzsák, jogador do PSV, foi sempre o mais inconformado. Claramente o melhor jogador desta selecção. A Húngria apesar de não ter tanta ou mais qualidade que Portugal, jogava em casa e podia ter feito mais. Mas não, revelou-se sempre uma formação matreira, criou um ou outro lance de ligeiro perigo, mas nada de mais.
Ao contrário da selecção nacional, que pegou desde cedo no jogo e, ao longo dos 90 minutos teve sempre mais iniciativa. A Húngria nem quando se viu em desvantagem ousou arriscar alguma coisa. Erwin Koeman seleccionador Húngaro, foi acusado pela imprenda de ter apostado num estilo demasiado defensivo. As duas selecções voltam a encontrar-se já no próximo mês no estádio da luz, numa jornada, a penúltima, que pode muito bem ser decisiva.
Ainda no grupo de Portugal, a Suécia voltou a ser bafejada pela sorte. Voltou a vencer mesmo sobre o final. Um auto golo da equipa da casa, Malta, chegou para os Suecos somarem mais três pontos. Já a Dinamarca não conseguiu melhor que um empate a um golo na Albânia. Na próxima jornada defrontam-se os dois primeiros do grupo : Dinamarca e Suécia.
OS PRINCIPAIS DESTAQUES DA JORNADA
O número de selecções apuradas para o Mundial de 2010 aumentou para onze. Espanha, Inglaterra e Paraguai, foram os grandes destaques da ronda. Garantiram uma presença na África do Sul e, juntaram-se a Selecções como : África do Sul (anfitrião), Gana, Brasil, Austrália, Japão, Coreia do Norte, Rep. Coreia e Holanda.
Ingleses, Espanhóis e Holandeses, continuam 100% vitoriosos. Oito triunfos em outros tantos jogos. A Holanda já qualificada, foi vencer por 1-0 na deslocação à Escócia. A Inglaterra bateu a Croácia em Wembley por 5-1. Enquanto, que a Espanha, venceu a Estónia por 3-0.
Na zona Sul Americana, o Equador e o Paraguai complicaram as contas da Argentina de Maradona. A jogar em casa os Paraguaios venceram a equipa das Pampas por 1-0 e, esta caiu para a quinta posição. A queda na tabela classificativa e as últimas duas derrotas vieram aumentar a contestação ao técnico Argentino, Maradona. O Equador venceu na Bolívia por 3-1 e subiu ao terceiro lugar. Isto tudo quando faltam apenas dois jogos para terminar a fase de qualificação.
Portugal teve tudo para vencer na Dinamarca, mas não foi além de um empate a um golo, que acaba por deixar ainda mais complicada a situação do conjunto orientado por Carlos Queiroz. A selecção esteve em desvantagem até aos 86 minutos, altura do encontro em que Liedson conseguiu restabelecer a igualdade no marcador. Golo conseguido através de um pontapé de canto. Liedson que tem um 1,75 m de altura, intrometeu se entre os centrais nórdicos e, conseguiu cabecear para o fundo das redes do guardião Dinamarquês Andersen. A estreia de Liedson com a camisola das quinas foi quase perfeita, só faltou mesmo a vitória. Um jogo, um golo, que valeu um ponto. As esperanças continuam intactas, apesar de Portugal já não depender apenas de si próprio para garantir a presença no Mundial da África do Sul, que se realiza já no próximo ano.
A exibição em solo Dinamarquês foi uma das melhores da era Carlos Queiroz. Só que Portugal continua a desaproveitar de forma inacreditável ocasiões de golo soberanas. Ontem, tal como nos jogos anteriores desta fase de qualificação, a selecção voltou a desperdiçar oportunidades que teriam sido mais que suficientes para vencer o líder do grupo 1, a Dinamarca. Foram precisos mais de três dezenas de remates (impensável) para se marcar apenas um único golo. Portugal não venceu por falta de empenho. Os jogadores realizaram 90 minutos de grande nível. Faltaram os golos !!! A selecção voltou a ser ineficaz. O eterno problema dos jogos anteriores.
Carlos Queiroz voltou a apostar num 4x4x2 losango. Sistema de jogo que já tinha sido testado no encontro de carácter particular frente à selecção do Liechtenstein. Num jogo em que Portugal venceu por 3-0. O conjunto Português entrou bem, forte no desafio. Com uma linha média composta por : Pepe ; Raul Meireles ; Tiago e Deco, Portugal ia dominando por completo os Dinamarqueses. Jogava bom futebol e criava situações de golo, mas desperdiçava de forma incrível. Em pouco menos de 20 minutos, a selecção criou logo três situações de golo claras. Até final do primeiro período de jogo criou mais algumas. Sem sucesso na hora de finalizar.
Simão e Cristiano Ronaldo, que jogavam na frente de ataque desperdiçaram de forma escandalosa. A Dinamarca por e simplesmente não conseguia construir o seu jogo. Tinha sempre grandes dificuldades para sair para o ataque. Nos primeiros 45 minutos só deu mesmo Portugal. No entanto foi a formação nórdica que chegou ao golo (42 minutos), depois de um excelente trabalho do atacante do Arsenal, Nicklas Bendtner. Bruno Alves deixou-se antecipar já dentro da área Portuguesa, permitiu que o avançado que joga em Inglaterra, recebesse o esférico e, disparasse para o fundo das redes de Eduardo. Estava feito o primeiro, contra a corrente do jogo. Como diz o velho ditado : quem não marca sofre.
Na segunda parte os primeiros instantes do jogo pertenceram aos homens da casa, que como é normal, vieram galvanizados com o golo da vantagem. No entanto foi sol de pouca dura. Portugal voltou a pegar no jogo e, asfixiou por completo a equipa da casa, tal como na primeira metade. Os Dianamarqueses voltaram a ser encostados ás cordas. Mas foi sempre mais do mesmo. Remates, muitos remates, 36. E falhanços, demasiados falhanços. Que no final acabam sempre por se pagar caro.
Ronaldo iniciou o desafio em bom plano, mas com o passar do tempo foi desaparecendo por completo do jogo. Na selecção continua sem ser aquele jogador determinante que foi em anos anteriores no Manchester United. O seu rendimento na selecção continua muito aquém das expectativas. Quem continua de pedra e cal na posição seis, é o jogador do Real Madrid, Pepe. Ontem voltou a deixar boas indicações. Bosingwa também esteve em grande plano.
O que também não ajudou muito, foi a vitória dos Suecos na Húngria, por 2-1. A Húngria, o próximo adversário de Portugal, sofreu o golo da derrota no último lance do jogo. Golo apontado por Zlatan Ibrahimovic, com alguma (muita) sorte à mistura. O triunfo da Suécia atirou com Portugal para a quarta posiçao.
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