GOLEADOR PARAGUAIO DECIDIU O DERBY
LIGA ZON SAGRES - 5ª JORNADA
BENFICA - SPORTING
Nada melhor do que " bisar " num derby para garantir a reconciliação junto da massa adepta encarnada. Foi desta forma que o goleador paraguaio fez as pazes com o público da Luz. Depois do " gesto " polémico após o segundo golo no encontro da última terça-feira em jogo a contar para a Champions League, Cardozo redimiu-se com dois golos frente ao Sporting, no jogo mais apetecido da ronda número cinco. O sul-americano aproxima-se da marca do sueco Mats Magnusson (melhor marcador estrangeiro da história do clube), e já leva três golos na Liga em cinco jogos.
O derby lisboeta foi quase sempre de sentido único : a baliza de Rui Patrício. Depois de uma exibição e um triunfo convincente (o primeiro) em terras francesas, os leões pouco ou nada fizeram para vencer o eterno rival, e fase ao número de ocasiões da equipa da casa, até se pode dizer que saíram da Luz com um resultado bem lisonjeiro. A formação orientada por Jorge Jesus foi claramente superior durante todo o encontro. Foi uma espécie de Benfica versão 09/10. É caso para dizer : onde é que tem andado este Benfica.
A equipa da casa entrou a todo o gás, e criou muito perigo logo aos cinco minutos, quando Cardozo atirou ao poste. Segundos depois, o mesmo Cardozo, por pouco não chegou em condições a um cruzamento de Carlos Martins. Aos 13 minutos, e através do primeiro canto, o Benfica chegou ao golo de forma feliz pelo seu número sete. Depois de algumas carambolas a bola caiu no sitio certo à hora certa - Cardozo só teve de esticar a perna e empurrá-la para o fundo da baliza. Momento de alguma felicidade, na forma como a bola chegou aos pés do goleador encarnado.
O segundo golo do Benfica apareceu logo nos minutos (49) iniciais da segunda parte. Uma Combinação entre Cardozo e Saviola, permitiu ao jogador paraguaio marcar um golo de belo efeito, depois de ter fugido aos defesas leoninos. Patrício adiantado ainda tocou na bola, de forma insuficiente. Belo golo do atacante do Benfica. Os encarnados deperdiçaram até final boas oportunidades.
Cardozo esteve perto do hat-trick. Coentrão também cheirou o golo. O Sporting foi presa fácil no ataque. O primeiro remate surgiu apenas no segundo tempo. A oportunidade mais flagrante (e única), pertenceu a Liedson, quando o resultado era de 2-0, mas este só com Roberto pela frente, atirou ao lado. O Sporting voltou a marcar passo, tal como na jornada passada, e já só tem um ponto a mais que o Benfica. O Porto continua tranquilo no topo, aconteça o que acontecer na Choupana.
LIGA SAGRES - 26ª JORNADA
BENFICA - SPORTING
A jornada número 26 da Liga Sagres encerrou ontem à noite na Luz (mais de 60 mil nas bancadas), com a vitória do Benfica sobre o Sporting, no jogo mais aguardado da ronda. Os encarnados venceram o eterno derby da capital por 2-0 (com golos de Cardozo e Aimar) e ficaram a três passos do título de campeão nacional que lhes foge desde da temporada 04/05. Com quatro jornadas por disputar, e mais seis pontos que o Sporting de Braga, o Benfica precisa apenas de mais sete pontos para vencer a prova. Académica (já no próximo domingo), Olhanense, Porto e Rio Ave, são os adversários que se seguem. Ao perder na Luz com o seu maior rival, os leões ficaram a 26 pontos do topo da classificação (diferença pontual invulgar).
Os dois técnicos não fizeram grandes alterações nos onzes iniciais de uma e outra equipa. Jorge Jesus foi quem surpreendeu mais, ao ter colocado Éder Luís nas costas de Cardozo, quando todos esperavam que fosse Weldon o escolhido (tal como na Figueira). Com Saviola indisponível, foi o atacante brasileiro que ocupou o seu lugar. No sector defensivo, destaque para o regresso de Fábio Coentrão ao lado esquerdo. David Luiz juntou-se a Luisão no centro da defesa. Carlos Martins apareceu de início, enquanto que Pablo Aimar ficou no banco (ele que viria a ter um papel fundamental no segundo tempo).
No lado do Sporting, também se chegou a pensar que Carlos Saleiro pudesse vir a formar dupla com Liedson, porém, o avançado internacional português, surgiu sozinho na frente de ataque, municiado por Yannick (sobre a esquerda) e João Pereira (sobre o lado direito). Moutinho jogava à frente do duplo pivot defensivo, composto por Pedro Mendes e Miguel Veloso. O sector mais recuado era o habitual.
Nos últimos anos, foi-se tornando habitual, ver a equipa que estava menos bem na competição, aparecer mais forte no derby que o seu opositor. Esta tendência consumou-se nos primeiros 45 minutos do encontro. Realmente, foi o Sporting quem entrou melhor no desafio. Jogando em 4x2x3x1, a equipa orientada por Carlos Carvalhal foi-se instalando no meio campo encarnado. E até foi a primeira equipa a criar perigo e a dispor da primeira ocasião para marcar. João Pereira (formado nas escolas do Benfica), hoje em dia de leão peito, surgiu solto sobre o lado direito do ataque leonino, mas rematou um pouco ao lado da baliza à guarda de Quim. Remate rasteiro e cruzado, passou longe do alvo pretendido. O Sporting era uma equipa mais pragmática, mais objectiva.
O Sporting recolhia às cabines com mais ataques, mais cantos e mais remates. O Benfica com dificuldade em penetrar a estrutura do Sporting, recorreu várias vezes às investidas da David Luiz pela zona central. Numa dessas saídas, o central brasileiro quase complicou. Começou por ganhar bem a Yannick em corrida, mas depois deixou-se antecipar, no entanto Liedson (carrasco dos encarnados em vários derbys) atirou ao lado. Sobre o apito final da primeira metade, Cardozo ainda atirou ao poste de cabeça na sequência de uma bola parada batida por Martins, porém a jogada havia sido interrompida de pronto. Por falta do paraguaio.
Na segunda parte tudo foi diferente. A equipa da casa foi quem mandou, muito por culpa da alteração efectuada por Jorge Jesus. Éder Luís que tinha passado ao lado do jogo, foi substituído por Aimar e, a partir de aí, o futebol encarnado passou a ser mais fluído, mais trabalho. Aimar veio trazer ao jogo outra velocidade, mais e melhores movimentos. O Benfica cresceu e passou a ser uma equipa muito mais ofensiva. Começou a carrilar jogo ofensivo até que chegou ao golo por intermédio de Cardozo. Tacuara colocava o Benfica na frente aos 68 minutos, e aumentava para 21 (mais um que Falcao), o número de golos no campeonato. Tudo começava no lado direito com uma investida de Ruben Amorim, a jogada prolongava-se, até que no lado esquerdo iria surgir um cruzamento/remate de Fábio Coentrão, concluído por Cardozo à boca da baliza, com um toque subtil de pé esquerdo.
Pouco depois Cardozo cedia (lesionado) o seu lugar a Kardec. O Benfica ia empurrando o Sporting para o seu meio campo, com sucessivos ataques. Dez minutos depois do primeiro golo, a equipa da casa ia ampliar a vantagem através de uma cavalgada de Aimar. Passe de Ramires para a desmarcação do camisola dez, com este a galgar metros, a tirar Patrício do seu caminho, e mesmo com um ângulo pouco favorável, rematava com êxito. O Benfica fazia o 2-0 e matava o jogo. Havia festa nas bancadas. Passavam a faltar quatro jornadas para alcançar o grande objectivo da temporada : a conquista do campeonato nacional.
Depois do jogo, já na sala de imprensa, Costinha, Director Desportivo dos leões, exigia dualidade de critérios em lances idênticos. Referindo-se à entrada dura de Luisão no começo do segundo tempo, punida apenas com uma cartão amarelo pelo árbitro do encontro João Ferreira. Carlos Carvalhal, também foi crítico com a decisão do juiz em relação ao lance do central canarinho. Polémicas à parte, o Benfica deu ontem mais um passo decisivo rumo à conquista da Liga. Faltam apenas quatro jornadas para o término da competição.
Foi em Alvalade frente ao seu maior rival (Benfica) e mais uma vez de forma humilhante (derrota por 4-1), que o Sporting se despediu da única competição interna que ainda lhe restava : a Carlsberg Cup (Taça da Liga). David Luiz, Ramires, Luisão e Cardozo marcaram para os visitantes. O único tento do Sporting foi apontado pelo inevitável Liedson. Em pouco mais de duas semanas, o leão perdeu por quatro vezes consecutivas e ficou pelo caminho nas três provas internas.
A fase negra começou no Minho diante do Braga. Foi lá que o Sporting viu o topo da Liga ficar ainda mais distante (menos 15 pontos na altura), quando perdeu por 1-0. No Dragão foi goleado pelo Porto (5-2) nos quartos-de-final da Taça de Portugal. E ontem, perdeu o derby por 4-1, e despediu-se da Taça da Liga, prova em que tinha alcançado a final nos últimos dois anos (duas finais perdidas). Pelo meio uma derrota com a Académica por 2-1, mais uma em Alvalade em jogo da Liga Sagres.
Em apenas quatro partidas (sofreu 12 golos e marcou quatro), a equipa de Alvalade deitou tudo a perder e, despediu-se das várias provas de forma inglória. Depois da Liga, da Taça de Portugal, e da Taça da Liga, só resta a Liga Europa para o conjunto de Carlos Carvalhal tentar salvar a época. Os ingleses do Everton são o próximo adversário dos leões nos 16 avos-de-final da competição.
O Sporting actual é uma equipa sem chama, entregue ao fracasso, e completamente à deriva. Os novos reforços e aquela série de sete triunfos seguidos no início de 2010, ainda trouxeram alguma esperança aos adeptos leoninos, mas como se tem visto, foi sol de pouco dura. A temporada 09/10 tem se revelado demasiado dolorosa no reino do leão. Pensar na próxima é quase obrigatório.
Pode-se dizer que o jogo de ontem frente ao Benfica foi ingrato para o Sporting. Em apenas dois minutos, tudo se complicou para a equipa da casa. João Pereira é expulso aos sete minutos por Olegário benquerença (o único árbitro português que vai estar presente no Mundial da África do Sul). Entrada a varrer do lateral direito do Sporting sobre Ramires, punida com vermelho directo. Na sequência do lance, os encarnados abrem o marcador por intermédio de David Luiz. O Sporting ficava reduzido a dez unidades e em desvantagem no marcador.
Aos 30 minutos de jogo o Benfica ampliou a vantagem por intermédio do internacional brasileiro Ramires. Bom lance de César Peixoto, que sobre o lado esquerdo, assistiu o médio canarinho. O ex jogador do Braga regressou à competição como titular e foi um dos melhores em campo. A oito minutos do intervalo, Liedson (sempre ele) marcou o golo da praxe ao Benfica e ainda deu algum alento aos adeptos leoninos. O levezinho aproveitou um mau passe de ramires para reduzir a desvantagem com um remate colocado de fora da àrea. Este foi o seu 11º golo em 15 derbies (grande registo do internacional português).
Se na primeira metade, Júlio César ainda teve algum trabalho, na segunda parte foi um méro espectador. A vencer desde cedo, os encarnados nunca colocaram o pé no acelarador e limitaram-se deixar o tempo correr. Cometendo até alguns erros, que não agradaram muito ao seu treinador. Passes falhados e alguns rodriguinhos a mais. No Sporting os únicos inconformados eram os do costume : o capitão João Moutinho e o letal Liedson.
Jorge Jesus ainda mexeu no onze, mas não havia assim tanta necessidade. Saltaram do banco de luxo, três habituais titulares : Aimar ; Saviola e Cardozo. Foi justamente o paraguaio Oscar Cardozo, que apontou o quarto e último golo da noite. E que golo. Um remate bem ao seu estilo ainda fora da área que só parou no fundo das redes de Rui Patrício. Pouco depois soava o apito final. O Sporting sofria mais uma derrota, nova goleada e despedia-se das competições nacionais. O Benfica por sua vez garantia a segunda final da Taça da Liga. Porto e Académica decidem hoje quem acompanha os encarnados na final da prova.
O jogo grande da ronda, o eterno derby da cidade de Lisboa, terminou empatado a zero. Contrariando a tendência, de que quem está menos bem, costuma vencer. Há dezoito anos que um Sporting - Benfica a contar para a Liga não terminava com um nulo. Foi um bom jogo de futebol, só faltaram mesmo os golos. Boa arbitragem de Pedro Proença, com poucos casos. Um ou outro lance mais discutível, mas nada de relevante. Aceita-se o empate do jogo mais aguardado da jornada 11 da Liga Sagres.
Foi um desafio equilibrado, discutido, renhido. Houve muita luta de parte a parte. Nenhuma das duas equipas merecia vencer o derby. Nenhuma das duas formações se conseguiu superiorizar ao seu opositor. Destaque para os técnicos de uma e outra equipa, que se estrearam em derbys. O Sporting somou o quinto empate consecutivo na Liga. E, caso o Sporting de Braga consiga bater em casa o Leiria, aumenta para 13 pontos, a vantagem para a equipa leonina.
Quem também pode aproveitar o empate da equipa encarnada é o Porto. Se o campeão nacional vencer hoje há noite no Dragão o Rio Ave de Carlos Brito, reduz para três pontos a diferença pontual para o conjunto de Jorge Jesus. Há muito que não se ouviam palmas no final de um jogo em Alvalade. Ontem, a massa adepta verde e branca parece ter gostado da exibição da equipa da casa. Este Sporting nem parecia o mesmo. Quem diria.
E, de facto, ontem o Sporting realizou uma boa partida, provavelmente uma das melhores da temporada, se não a melhor. Já se vai notando o efeito Carlos Carvalhal. Com poucos dias de trabalho e ao segundo jogo no comando da equipa, o Sporting deixou uma imagem completamente diferente de outros jogos que já havia realizado esta época.
No outro lado um Benfica que entrou mal no jogo, devido a dois erros individuais, mas aos poucos a equipa foi acentuando o seu jogo e, foi equilibrando as coisas. E, claro, manteve a vantagem de 11 pontos para um dos seus rivais. Jorge Jesus foi mais além, e no flash interview disse mesmo que os leões com o empate estavam a arredados da luta pelo título.
No lado da equipa da casa, a surpresa da noite foi a inclusão de Adrien no onze inicial. O Sporting jogou num 4x2x3x1. Uma linha de 4 defesas ; Caneira no lado esquerdo ; Abel na direita ; no centro a dupla habitual : Polga e Carriço. Adrien e Moutinho compunham o duplo pivot defensivo. Um pouco mais à frente, uma linha de três médios : Veloso na esquerda ; Matias no centro e Vukcevic na direita. Liedson era o homem mais avnçado.
No Benfica três alterações : regressos de Maxi Pereira ; César Peixoto e Cardozo. O ponta de lança paraguaio a regressar depois ter cumprindo dois jogos de castigo. Tinha sido expulso em Braga. Saíram do onze inicial : Fábio Coentrão ; Rubem Amorim e Keirrison.
Foi um derby bem disputado, com ocasiões claras de golos de um lado e de outro. A defesa da noite pertenceu a Quim, que se opôs a um remate de fora da área de Miguel Veloso, com uma das melhores defesas da Liga Sagres até ao momento. O remate do médio leonino levava selo de golo, mas Quim voou e evitou o golo da equipa da casa. Uma defesa espectacular que valeu um ponto. Foram 90 minutos de bom futebol, mas faltou aquilo a que se chama a essência do futebol : os golos. O árbitro (Pedro Proença) do encontro também conseguiu passar despercebido. Óptimo quando assim é !!!
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