Os responsáveis pela nossa selecção, têm feito um grande alarido à volta do que passou em Coimbra, no decorrer da segunda parte do jogo de preparação entre Portugal e a China. Sentem-se ofendidos, pelas vaias e pelo monumental coro de assobios. Mas não me parece que tenham qualquer tipo de razão (também é preciso dizer que num jogo a sério aquilo era quase impossível de vir a acontecer). Se os jogadores estão mais virados para o que ainda falta jogar nos seus campeonatos, ou estão com medo de se lesionarem, e falharem o Mundial, e decidem tirar o pé nestes amigáveis. Então não faz qualquer sentido agendarem-se jogos de preparação desta natureza (é uma perda de tempo e da paciência).
É normal que o empenho, a atitude, o ritmo de jogo e a motivação não sejam os mesmos quando se entra em campo para disputar um jogo a feijões como foi o caso. Porém, esta selecção tem prestígio e um nome a defender. Uma selecção com a as responsabilidades e qualidade que esta ostenta, tem que pelo menos tentar apresentar bem mais que aquilo que apresentou naquela segunda parte vergonhosa e medíocre. Para mim foi simples perceber que, aquela manifestação de desagrado, foi uma chamada de atenção do público afectivo á selecção. A mensagem foi simples : os adeptos merecem um pouco mais de respeito.
Imaginemos nós, que selecções como a Espanha, o Brasil, a Inglaterra, e por ai adiante, exibiam-se da mesma forma que Portugal, em jogos realizados nos seus países. O resultado seria idêntico ao que presenciámos em Coimbra. Porque, por e simplesmente, os adeptos querem sempre ver os jogadores e a sua selecção em bom plano. A jogar bom futebol e, se possível, a vencer. Os adeptos querem ver empenho da parte dos jogadores. Mesmo sabendo que estes jogos não contam para nada. Não se pede que as selecções façam o jogo da vida delas. O que se pede : é que honrem a camisola que vestem, e nada mais !!!
A selecção nacional venceu a China no Municipal de Coimbra por 2-0, com golos de Hugo Almeida e Liedson (um em cada parte), em jogo de preparação para o Campeonato do Mundo da África do Sul. Mas não convenceu. Na segunda parte os mais de 20 mil adeptos que marcavam presença nas bancadas, brindaram a formação de Carlos Queiroz com um coro monumental de assobios.
Os apupos fizeram-se sentir com grande intensidade, devido à péssima segunda parte da selecção. Os adeptos queriam mais golos e, sobretudo, mais empenho da parte dos jogadores. As experiências do seleccionador não passaram despercebidas e deixaram muito a desejar. Uma das quais, foi colocar um jogador como Hugo Almeida, na faixa esquerda do ataque português. Incompreensível é a única palavra que me ocorre para classificar tal decisão.
O desafio de ontem, frente aos chineses, ficou ainda marcado pelas estreias do guarda-redes Hilário do Chelsea, e do extremo do Porto Silvestre Varela. O objectivo da equipa técnica era defrontar um adversário com características idênticas às da Coreia do Norte, uma das selecções que calhou em sorte no grupo (G) de Portugal.
Foi um jogo com duas partes totalmente distintas. No primeiro tempo Queiroz apostou num onze muito próximo daquele que deverá iniciar a competição em África. Os primeiros 45 minutos foram dominados por completo pela selecção nacional, que dispôs de várias e boas ocasiões para chegar à vantagem. O primeiro golo só chegou aos 36 minutos por intermédio de Hugo Almeida. Arrancada pelo lado esquerdo de Ronaldo, que descobriu o atacante do Werder Bremen em boa posição, e este não desperdiçou.
Na segunda parte, o ritmo de jogo abrandou muito por culpa das várias substituições que foram efectuadas. Jogadores pouco entrosados e em vantagem no marcador, decidiram tirar o pé do acelerador, e a partir de aí, entraram em cenas os apupos vindos das bancadas. O segundo golo acabou por surgir aos 95 minutos, com alguma sorte à mistura. Remate de João Moutinho, desviado de forma involuntária, acabou por trair o guarda-redes chinês, um dos melhores jogadores em campo.
Portugal cumpriu com a sua obrigação, ao vencer a selecção chinesa, não se esperava outro resultado que não uma vitória. No entanto, esperava-se mais. A equipa das quinas não convenceu. Enquanto que as opções técnicas do seleccionador continuam a dar que falar.
Foi ainda há bem pouco tempo (coisa de dias), que ficámos a conhecer os equipamentos alternativos de algumas das selecções que vão disputar o Próximo Mundial de futebol. Entre eles, o da nossa selecção. Eu pessoalmente não gostei muito. Quem o criou, das duas uma : ou estava particularmente desinspirado na altura da criação, ou então, tem muito mau gosto. Porém, como diz o outro : gostos não se discutem. Como já disse e volto a dizer não gostei muito. Principalmente da camisola. Aquelas duas riscas não ficam lá nada bem.
Ainda sou do tempo em que se criavam equipamentos simples e bastante bonitos. Como por exemplo os das selecções que disputaram o Campeonato do Mundo de 94, realizado nos Estados Unidos. Na minha opinião, nenhum outro consegue bater aquele que a selecção das quinas vestiu em Inglaterra durante o Euro 96. Competição em que Portugal se ficou pelos quartos-de-final. Graças um golo estupendo de Karel Poborsky, a República Chega eliminou (1-0) Portugal. Já não se fazem equipamentos como os de antigamente. Principalmente, como aqueles que se faziam na década de 90. Nessa altura havia bom gosto, ao contrário de hoje.
É o derradeiro obstáculo rumo ao Mundial 2010. Se Portugal quiser estar presente na África do Sul, terá de ultrapassar a próxima eliminatória. Não havia muito por onde escolher. Eram apenas quatro os possíveis adversários de Portugal, no playoff de acesso ao Campeonato do Mundo no próximo ano, na África do Sul. Calhou-nos a Bósnia-Herzegovina.
Portugal foi cabeça-de-série e, evitou selecções como a França, Grécia ou a Rússia. Concordo em absoluto com Simão, quando ele diz que os Bósnios eram uma das selecções a evitar. Temeu-se bastante a Ucrânia, mas na minha opinião a mais complicada era mesmo aquela que nos calhou em sorte. No sorteio de anteontem em Zurique (Suíça).
Sem querer menosprezar a Rep. da Irlanda, Ucrânia ou Eslovénia, a Bósnia parece ser a mais complicada das quatro. Não é que seja um potência do futebol mundial, anda bem longe desse estatuto. Mas actualmente tem jogadores de grande nível. Alguns deles actuam mesmo nas melhores ligas europeias. Provavelmente, têm a sua melhor selecção de sempre.
Qualquer uma delas merece ser destacada, respeitada e elogiada. Pois terminaram em segundo lugar os respectivos grupos. Ainda assim, arrisco-me a dizer, que se a Bósnia-Herzegovina não tivesse calhado no grupo da magnifica Espanha, não me espantaria nada se tivesse ficado em primeiro no seu grupo. Teve uma prestação de magnifica. Mas como se viu, teve a infelicidade de calhar no grupo da campeã europeia, que diga-se de passagem, continua fortíssima.
A Bósnia era a equipa com o segundo pior ranking mundial de entre os quatro possíveis adversários que poderiam ter calhado à equipa de Queiroz. Aspecto pouco relevante. Turquia à partida também era uma selecção bem mais cotada e, ficou-se pela terceira posição do grupo 5. Ou a própria Bélgica, que não foi além da quarta posição. Em dez partidas realizadas no seu grupo. Os Bósnios venceram seis, empataram uma e perderam três. " Marcaram 25 golos. " Menos três que a Espanha. Sofreram 13.
A grande força da equipa reside essencialmente no seu ataque. A sua linha avançada é de grande nível. Capaz de meter em sentido qualquer defesa. Dzeko é talvez o nome mais sonante desta selecção. O ponta-de-lança do Wolfsburg, foi decisivo na temporada passada ao serviço do seu clube. Onde se sagrou campeão da Alemanha. E foi sem dúvida um dos mais importantes na fase de apuramento. As suas importantes prestações, valeram lhe uma nomeação para a bola de ouro.
Jogadores como : Asmir Begovic ; Emir Spahic ; Misimovic ; Miralem Pjanić ; Elvir Rahimic ; Sejad Salihovic ; Ibisevic ou Muslimovic, já não passam despercebidos aos amantes do futebol. Miroslav Blažević, seleccionado croata da Bósnia já defrontou Portugal. Na altura perdeu por 3-0, no terceiro jogo da fase de grupos do Euro 96. Os duelos estão agendados para o próximo mês de novembro. Nos dias 14 e 18. Portugal joga em casa na primeira mão ( Estádio da Luz).
OS OUTROS JOGOS
República da Irlanda (34.º) - França (9.º)
Grécia (16.º) - Ucrânia (22.º)
Rússia (12.º) - Eslovénia (49.º)
Entre parêntesis, as classificações de cada selecção no "ranking" da FIFA publicado a 16 de Outubro de 2009.
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