UNITED LEVOU A MELHOR NA CHARITY CHIELD
Acompanhei com grande expectativa o início de época em Inglaterra. A disputa da Supertaça Inglesa colocou frente-a-frente o Chelsea (Hilário e Paulo Ferreira foram titulares, Ricardo Carvalho não jogou), vencedor da Premier League e da Taça de Inglaterra, e o vice campeão Manchester United de Nani (entrou no segundo tempo). Os pupilos de Alex Ferguson levaram a melhor ao vencerem por 3-1. Javier Hernandez, mais conhecido por " Chicharito ", estreou-se a marcar pelos " Red Devils " em jogos oficiais. O internacional mexicano que esteve presente no Mundial africano e até marcou diante da França, fez o segundo golo da equipa. Valência e Berbatov apontaram os restantes.
No lado do Manchester houve ainda tempo para a estreia de outro dos novos reforços, o antigo defesa do Fulham, Smalling. O golo do Chelsea foi marcado pelo costa mafinense Kalou. O israelita Benayoun, ex jogador do Liverpool, estreou-se pelos " Blues ". Não foi um mau jogo, mas esteve longe de ser um bom jogo de futebol. As equipas apareceram muito bem posicionadas sobre o terreno. Atacaram quase sempre pela certa. Preocuparam-se muitas vezes em não deixar espaço, o que levou a que jogassem grande parte do jogo com os sectores bem próximos e nos últimos 40/50 metros.
O jogo até foi equilibrado, valeu ao United a eficácia dos seus dianteiros. Destaque para os primeiro e terceiros golos da equipa vermelha. Jogadas bem delineadas, e de grande envolvimento. O maior destaque, na minha opinião, foi a exibição de enorme qualidade do já veterano médio Scholes. Sem precisar de correr muito, mas sempre no sitio certo, foi determinante na batalha a meio campo. Não me recordo de o ver falhar um passe. E apostou muitas vezes no passe em profundidade. De cabeça levantada, cordenou o futebol da sua equipa de forma categórica. A eficácia no passe e a sua visão de jogo fazem dele um jogador único.
O PORTO FOI MAIS FORTE E VENCEU POR 2-0
SUPERTAÇA CÂNDIDO DE OLIVEIRA
BENFICA - PORTO
André Villas-Boas conquistou ontem à noite o seu primeiro troféu como técnico principal. Estreando-se assim, da melhor maneira em jogos oficiais ao serviço do Porto. Os azuis-e-brancos que até aparentavam estar uns furos abaixo do rival Benfica, mostraram claramente o contrário e arrecadaram o primeiro título da época (a décima sétima Supertaça do seu historial). Troféu referente à época passada (Benfica campeão em título, Porto detentor da Taça de Portugal). Um golo em cada parte, selou o triunfo dos portistas. No primeiro tempo foi Rolando que abriu o marcador logo aos três minutos. Isto na sequência de um pontapé de canto.
Na segunda parte, os azuis-e-brancos aumentaram a vantagem por intermédio do inevitável Falcao, que na temporada passada lutou até à última jornada com Oscar Cardozo pelo título de goleador da Liga Sagres. O paraguaio acabou por levar a melhor. Mérito para a jogada individual de Silvestre Varela, que falhou o Campeonato do Mundo por lesão. Arrancada pelo lado esquerdo do ex jogador do Sporting, que deixou para trás Luisão e assistiu o colombiano para o 2-0. O Benfica acabou mesmo por ser vulgarizado, tal a exibição conseguida ontem em Aveiro. Foram poucas as vezes que conseguiu construir uma jogada de perigo, ou criar ocasiões de golo (dois jogos sem marcar um único golo). Nada habitual da formação de Jorge Jesus.
Nesse capítulo o Porto superiorizou-se e podia ter construído um resultado muito mais dilatado. A arbitragem foi péssima. Neste aspecto começámos bastante mal. Expulsões perdoadas, pelo menos três aos jogadores encarnados, além de outras decisões que acabaram decididas de forma errada. Na minha opinião não há grande penalidade sobre Fábio Coentrão. O jogo de ontem deixou também a ideia, de que o Benfica sentiu, e deverá continuar a sentir muito mais a falta de Di Maria e Ramires, do que o Porto de Bruno Alves e Raul Meireles. Para mim, Jorge Jesus cometeu três erros. Não devia ter abdicado do 4x3x3 para dar uso ao 4x4x2.
Está visto e revisto que Fábio Coentrão só rende no lado esquerdo, mas é no lado esquerdo da defesa. Coentrão na frente é uma coisa, atrás é outra completamente diferente e muito melhor. Jara, pelo bom momento que atravessava, devia ter sido lançado de início. Nestes três aspectos Jorge Jesus errou. Por não ter alternativas válidas a Di Maria e Ramires, o Benfica deve jogar em 4x3x3. Um dos aspectos decisivos no jogo, foi a pressão intensa que os jogadores do Porto fizeram sobre Airton. Obrigando o brasileiro a cometer demasiados erros. Mérito do Porto e do seu treinador. Quem diria, que o Porto fosse dizimar o Benfica daquela maneira. O futebol tem destas coisas. É surpreendente, imprevisível. Poucos acreditariam que o jogo decorresse da forma que decorreu. De um momento para o outro, os adeptos do Benfica ficaram preocupados, nas hoste portistas o efeito foi inverso.
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